A récita de 28 de abril, sexta-feira, será transmitida gratuitamente pelo canal de YouTube do Theatro São Pedro
Ludmilla Bauerfeldt (Konstanze) e Daniel Umbelino (Belmonte) |
Crédito: Heloísa Bortz |
O Theatro São Pedro, instituição da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, gerido pela Santa Marcelina Cultura, estreia no mês de abril a ópera O Rapto do Serralho, do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). As récitas acontecem nos dias 14, 16, 19, 21, 23, 26, 28 e 30 de abril.
Com libreto de Gottlob Stephanie, baseada na obra Belmont und Constanze, de Christoph Friedrich Bretzner, a ópera estreou em 16 de julho de 1782, no Burgtheater, em Viena, sob a regência do próprio compositor, obtendo enorme sucesso na época. Trata-se de um singspiel, uma ópera tipicamente germânica que mistura diálogos falados e árias.
O enredo de O Rapto do Serralho, ambientado na Turquia, contemplava a moda vigente dos temas orientais. Na trama Konstanze, uma nobre espanhola, sua criada inglesa Blonde e Pedrillo (noivo de Blonde e criado de Belmonte), são raptados por piratas turcos. Paxá Selim os compra para o seu harém. Daí o título: serralho, que é o nome que se dava ao palácio dos imperadores e príncipes otomanos ou, mais especificamente, ao espaço do palácio destinado às mulheres desses dirigentes (o harém). A ópera então começa com a chegada de Belmonte ao harém para raptar a sua amada e também os seus criados. O Rapto do Serralho é a primeira das cinco grandes óperas mozartianas e inaugura o período vienense do compositor.
A montagem inédita do Theatro São Pedro tem direção musical de Cláudio Cruz e direção cênica de Jorge Takla. A Santa Marcelina Cultura convidou também a dupla para dirigir, em 2018, a montagem de Sonho de uma Noite de Verão, de Benjamin Britten, que foi eleita a melhor produção operística do Brasil pela Revista CONCERTO, e a melhor de São Paulo pelo júri técnico do Guia Folha, do jornal Folha de S. Paulo. Na encenação do Theatro São Pedro, a ação se passa nos dias de hoje, em Paris, em um grande hotel de luxo que pertence a um grande empresário turco.
O espetáculo conta ainda com direção cênica e direção de palco de Ronaldo Zero, cenário de Nicolás Boni, iluminação de Ney Bonfante e figurino de Fábio Namatame. No elenco Ludmila Bauerfeldt (Konstanze), Daniel Umbelino (Belmonte), Ana Carolina Coutinho e Raquel Paulin (Blonde), Jean William (Pedrilho), Luís Otavio Faria (Osmin) e Fred Silveira (Paxá Salim).
Jean William (Pedrilho), Daniel Umbelino (Belmonte), Ana Carolina Coutinho (Blonde) e Ludmilla Bauerfeldt (Konstanze) |
Crédito: Heloísa Bortz |
BILHETERIA
Os ingressos custam de R$ 100 (inteira) a R$ 30 (meia) e podem ser adquiridos por meio do site https://feverup.com/m/
TRANSMISSÃO AO VIVO
Para democratizar o acesso, no dia 28 de abril, sexta-feira, às 20h, a récita será transmitida ao vivo gratuitamente pelo canal de YouTube do Theatro São Pedro https://www.youtube.com/@
TEMPORADA LÍRICA | ORQUESTRA DO THEATRO SÃO PEDRO
O RAPTO DO SERRALHO
DE Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
Libreto de Gottlieb Stephanie (baseado na obra Belmont und Constanze de Christoph Friedrich Bretzner)
ORQUESTRA DO THEATRO SÃO PEDRO
Cláudio Cruz, direção musical
Jorge Takla, direção cênica
Ronaldo Zero, direção cênica e direção de palco
Nicolás Boni, cenografia
Ney Bonfante, iluminação
Fábio Namatame, figurino
Tiça Camargo, visagismo
ELENCO
Ludmilla Bauerfeldt, Konstanze
Daniel Umbelino, Belmonte
Ana Carolina Coutinho, Blonde (dias 14, 21, 26 e 30/04)
Raquel Paulin, Blonde (dias 16, 19, 23 e 28/04)
Jean William, Pedrilho
Luiz-Ottavio Faria, Osmin
Fred Silveira, Paxá Salim
Récitas: 14, 16, 19, 21, 23, 26, 28 e 30 de abril - quartas e sextas às 20h, domingos às 17h
Ensaio Aberto: 12 de abril,20h (gratuito)
Ingressos: Plateia: R$ 100/ R$ 50 (meia)
1º Balcão: R$ 80/ R$ 40 (meia)
2º Balcão: R$ 60 / R$ 30 (meia)
https://feverup.com/m/127794
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 2h45 (intervalo de 20 minutos)
Crédito: Heloísa Bortz |
THEATRO SÃO PEDRO
Com mais de 100 anos, o Theatro São Pedro, instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado, gerido pela Santa Marcelina Cultura, tem uma das histórias mais ricas e surpreendentes da música nacional. Inaugurado em uma época de florescimento cultural, o teatro se insere tanto na tradição dos teatros de ópera criados na virada do século XIX para o XX quanto na proliferação de casas de espetáculo por bairros de São Paulo. Ele é o único remanescente dessa época em que a cultura estava espalhada pelas ruas da cidade, promovendo concertos, galas, vesperais, óperas e operetas. Nesses mais de 100 anos, o Theatro São Pedro passou por diversas fases e reinvenções. Já foi cinema, teatro, e, sem corpos estáveis, recebia companhias itinerantes que montavam óperas e operetas. Entre idas e vindas, o teatro foi palco de resistência política e cultural, e recebeu grandes nomes da nossa música, como Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Caio Pagano e Gilberto Tinetti, além de ter abrigado concertos da Osesp. Após passar por uma restauração, foi reaberto em 1998 com a montagem de La Cenerentola, de Gioacchino Rossini. Gradativamente, a ópera passou a ocupar lugar de destaque na programação do São Pedro, e em 2010, com a criação da Orquestra do Theatro São Pedro, essa vocação foi reafirmada. Ao longo dos anos, suas temporadas líricas apostaram na diversidade, com títulos conhecidos do repertóriotradicional, obras pouco executadas, além de óperas de compositores brasileiros, tornando o Theatro São Pedro uma referência na cena lírica do país. Agora o Theatro São Pedro inicia uma nova fase, respeitando sua própria história e atento aos novos desafios da arte, da cultura e da sociedade.
SANTA MARCELINA CULTURA
Eleita a melhor ONG de Cultura de 2019, além de ter entrado na lista das 100 Melhores ONGs em 2019 e 2020, a Santa Marcelina Cultura é uma associação sem fins lucrativos, qualificada como Organização Social de Cultura pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa que atua com a missão de formar pessoas. Criada em 2008, é responsável pela gestão do Projeto Guri na Capital e Grande São Paulo, da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim (EMESP Tom Jobim) e do Theatro São Pedro. Desde 2022, é responsável pela gestão do Projeto Guri no Interior, Litoral e Fundação CASA. O objetivo da Santa Marcelina Cultura é desenvolver um ciclo completo de formação musical integrado a um projeto de inclusão sociocultural, promovendo a formação de pessoas para a vida e para a sociedade. No Theatro São Pedro, a Santa Marcelina Cultura desenvolve um trabalho voltado a montagens operísticas profissionais de qualidade aliado à formação de jovens cantores e instrumentistas para a prática e o repertório operístico, além de se debruçar sobre a difusão da música sinfônica e de câmara com apresentações regulares no Theatro. Para acompanhar a programação artístico-pedagógica do Projeto Guri, da EMESP Tom Jobim e do Theatro São Pedro, baixe o aplicativo da Santa Marcelina Cultura. A plataforma está disponível para download gratuito nos sistemas operacionais Android, na Play Store, e iOS, na App Store. Para baixar o app, basta acessar a loja e digitar na busca “Santa Marcelina Cultura”.