Celebrado em todo o país, o movimento Março laranja visa promover a conscientização sobre a importância de combater o bullying nas escolas. A advogada Ana Paula Siqueira, mestre em Direito Civil e professora universitária, faz um alerta sobre o problema, que hoje não se limita ao ambiente escolar.
“O bullying começou na escola, mas hoje, com as redes sociais, ele atinge a vítima onde ela estiver, 24 horas por dia, pela internet. Se antes a vítima encontrava refúgio em casa, agora ela sofre ataques o tempo inteiro, com bullying digital, chamado cyberbullying” explica.
Para combater o problema, além das campanhas permanentes de conscientização nos ambientes frequentados especialmente por jovens e crianças, Ana Paula lembra da necessidade de monitorar o que as crianças postam e o conteúdo que assistem na internet.
“Existem maneiras pelas quais pais, professores e responsáveis podem continuar combatendo o bullying com sucesso. Os pais precisam ser capazes de identificar os sinais de que seus filhos são vítimas de bullying e aprender a lidar com este comportamento. Professores e responsáveis também precisam criar ambientes onde os alunos se sintam seguros para discutir os problemas. Isso pode incluir a criação de uma forte cultura de paz na sala de aula e no ambiente escolar, conforme está na lei 13.185/15 - a Lei do Bullying”, explica Ana Paula Siqueira.
O bullying consiste em ameaçar ou intimidar repetidamente alguém; humilhar por qualquer motivo; excluir; discriminar por cor, raça ou sexo, etc. Agressões verbais são mais comuns do que agressões físicas e geram traumas que podem acompanhar a vítima por toda a vida.