Uma das mais eficientes maneiras de dar visibilidade a uma marca é associá-la a um conteúdo de entretenimento.
Queridinho dos brasileiros, os reality shows se tornaram porta de entrada não só de pessoas que querem ficar milionárias em pouco tempo, mas também de empresários que almejam aumentar os lucros com a exposição de seus produtos.
Para o publicitário José Borel, a empresa que investe em merchandising não só faz o produto ficar em evidência como também capta novos públicos, já que desperta no cliente o interesse e o desejo, por meio de gatilhos como emoção, euforia e alegria.
Os reality shows são um dos principais segmentos que realizam merchandising. A dinâmica é toda preparada para que os telespectadores criem empatia e identificação com a marca.
É uma combinação perfeita, que gera aumento de vendas quase certo, já que os reality shows estão entre os programas mais assistidos da TV aberta.
Uma reportagem publicada na revista Superinteressante aponta que um dos fatores do sucesso é que o público se sente próximo dos participantes, e se vê representado.
Através da tela, o espectador se sente completamente íntimo de alguém que parecia viver em outro mundo antes de entrar para o programa, seja ele qual for, e isso gera uma sensação de poder que é buscada o tempo todo, na vida da maioria das pessoas.
Descobrir o secreto, sobre os outros, sempre foi uma obsessão, e prova disso é o enorme número de buscas que são feitas no Google com frases como:
Como saber com quem a pessoa está online no whatsapp, como ver o histórico do celular ou do computador de outra pessoa, como recuperar fotos apagadas, entre outras, que revelam que a privacidade do outro é alvo de curiosidade (e, muitas vezes, de violação), por outras pessoas.
Outro fator sedutor dos realities é o enredo, que proporciona a oportunidade de conhecer vilões e mocinhos e torcer pela formação ou rompimentos de casais. Além do mais, o público se prende ao jogo porque consegue interagir e definir quem fica ou sai.
É como se o público fosse um chefe. O controlador da situação.
Tudo isso, sem carregar uma responsabilidade.
O que está em jogo é o entretenimento. A amenidade.
Investimentos em Realities
Ter a marca vinculada a programas consagrados, como A Fazenda custa caro.
Para se ter uma ideia, uma cota de patrocínio chega próximo a R$100 milhões.
Anunciar em intervalos comerciais também não é nada barato. As cifras chegam a três dígitos.
Por outro lado, é um investimento que gera frutos.
Um participante comendo um prato feito com produtos do patrocinador desperta o desejo do telespectador pela comida e, no dia seguinte, a probabilidade do consumidor ir ao supermercado atrás do produto é grande.
Esse processo tem nome: neuromarketing. É a parte da neurociência que estuda o que se passa na mente quando a pessoa está em frente a um determinado produto ou marca.
O professor de marketing Ale Smidts é pioneiro nos estudos. Para ele, as lembranças são os principais gatilhos para compras.
Mercado Infantil
A publicidade é caracterizada pela forma direta, persuasiva e sedutora para impactar o cliente e despertar o desejo de posse.
Funciona para qualquer público. E, justamente por ser tão agressiva, um público passou a ficar de fora.
Desde 2014, são proibidas propagandas para crianças na TV.
Trata-se de uma resolução do Conanda - Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente; um colegiado permanente, formado por governo e sociedade civil, que define e discute diretrizes para a Política Nacional de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes.
Segundo informações do próprio Código de Defesa do Consumidor: “a publicidade dirigida a crianças se aproveita da deficiência de julgamento e experiência desse público e, portanto, é abusiva e ilegal”.
Para Jean Bernardo, fundador da loja de brinquedos For Kids, o sucesso do mercado infantil não precisa estar atrelado necessariamente a propagandas de TV. Existem caminhos para potencializar os negócios.
A base primordial é conhecer bem o mercado. Saber os pontos fracos e fortes vão nortear o sucesso do empreendimento. Abaixo estão outros pontos:
Empreendedorismo é Força Essencial para os Negócios
O sonho da maioria dos empresários é ver o negócio prosperar, crescer e atingir lucros cada vez mais significativos. A meta pode virar realidade, mas é preciso ação e coragem.
O empreendedorismo é o mecanismo que gera prosperidade. Se dá pela ação de criar soluções para o cliente por meio da implementação de ideias.
Em 2019, o Monitoramento de Empreendedorismo Global apresentou uma taxa de 38,7% de empreendedorismo no país. Esse foi o último levantamento feito pela organização especializada em mapear o empreendedorismo no mundo.
A pandemia afetou diretamente a economia, o que elevou o crescimento da instabilidade econômica e para empreender nesse cenário é preciso ousar e ficar atento às oportunidades de mercado.
Assim como num merchandising de um reality show, em que o telespectador vê e se encanta com o seu jogador favorito consumindo uma marca, o cliente precisa ficar seduzido pela mercadoria do empreendedor de sucesso.
A forma de atraí-lo é apresentar um diferencial. Um exemplo fácil de compreender é dando uma olhada no site As Bebidas, que usa uma forma interessante de fisgar os clientes.
Além de utilizar uma plataforma de marketing place que oferece bebidas das mais variadas marcas e empresas, o site apresenta a história dos produtos, faz comparações e desperta a curiosidade do cliente, que acessa para comprar um vinho, por exemplo, e se vê, em poucos minutos, lendo sobre o processo de produção do conhaque.
A sedução vem através do conhecimento e, posteriormente, se torna desejo de compra.
Empreender é sair da zona de conforto e estar um passo à frente, proporcionando experiências que o cliente ainda não vivenciou.
Características do Empreendedor
Até aqui foi destacado como dar visibilidade às marcas, como alavancar as vendas e os caminhos para empreender. Mas, também é importante falar a respeito da personalidade do empreendedor.
O empreendedorismo só vai funcionar se o empresário tiver algumas características, como, por exemplo, a curiosidade.
É preciso ficar atento às transformações sociais, e nas dependências comerciais que estão por vir, para desvendar o que ainda não existe no segmento.
O empreendedor precisa ter iniciativa.
Começar é uma tarefa árdua. É ter coragem, disciplina e foco para colocar o abstrato em ação e transformá-lo em algo sólido e diferente para a sociedade.
O empreendedor precisa traçar os objetivos e monitorá-los, além de analisar os resultados. Tudo por meio do planejamento, e o melhor caminho é realizar um plano de negócio.
Para que serve o plano de negócios?
Trata-se de um documento estratégico. Tem a finalidade de traçar objetivos e resultados, com o foco em diminuir os riscos do negócio.
Ele é a base dos caminhos que a empresa precisa percorrer.
Bruna Bozano, especialista em negócios digitais, explica que o planejamento ajuda o empreendedor a avaliar se vale a pena abrir, manter ou expandir uma empresa: “O plano de negócios não é rígido, ele pode ir mudando conforme as tendências de mercado. Ele serve para que todos na empresa falem a mesma língua e estejam seguindo no mesmo sentido, que é o sucesso do empreendimento”.
Uma empresa especializada em redes de proteção de Belo Horizonte viu no plano de negócios uma oportunidade para expandir. Fez o planejamento e encontrou, no exterior, telas feitas com materiais mais resistentes, que prolongam a vida útil do produto e dão mais segurança.
Colocaram como parte do portfólio agregador da qualidade e as incluíram no plano estratégico, e o produto se tornou um dos mais vendidos da empresa, mostrando que um olhar atento sobre os detalhes, e não apenas sobre o cenário geral de algum nicho, pode fazer uma diferença considerável e decisiva nos resultados do empreendimento.
Pensar fora da caixa e buscar soluções capazes de expandir os horizontes da própria acomodação, faz com que uma empresa possa se tornar centenária, como diversas que existem e se tornam exemplos dentro do empreendedorismo. Basta estudar e validar cada possível passo e ter sempre um plano B, para caso algo não saia como o planejado.
