As mulheres, em especial as Advogadas tem lutado por mais mulheres em espaços de Poder e Decisão, e uma dessas lutas é a Paridade de Gênero e Raça nos Tribunais Brasileiros
Dra. Cláudia Luna que presidiu a Comissão da Mulher Advogada da OAB SP e agora está na Direção Nacional da Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica
Medidas são necessárias para ampliar a representatividade e a democracia nos espaços públicos e privados.
Entidades que integram a mobilização nacional Paridade de Verdade e a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Paparico Bacchi, estieram juntas em audiência pública no dia 13 de julho.
Por iniciativa da Deputada Sofia Cavedon e da Procuradoria da Mulher do parlamento estadual, o encontro vai promoveu o debate sobre as mudanças necessárias para ampliar a representatividade nos espaços de trabalho, seja na iniciativa privada ou em órgãos públicos.
Segundo dados do TSE- Tribunal Superior Eleitoral, 52% dos eleitores brasileiros são mulheres. Mas, a presença feminina na representação política é de apenas 16% no país. A deputada Sofia Cavedon é um exemplo de atuação na esfera pública. Foi eleita vereadora pela primeira vez em 2000.
Depois de cinco mandatos na Câmara Municipal de Porto Alegre, onde criou a primeira Procuradoria da Mulher no RS, em 2018 conquistou uma vaga na Assembleia Legislativa. “Precisamos falar deste tema, dar visibilidade e unir forças nesta pauta, luta cotidiana”, diz ela. Sofia comenta que segundo dados do TSE, a partir dos resultados das eleições 2018 (Gerais) e 2020 (Municipais), a presença das mulheres no total de cargos eletivos (de Presidente da República às Câmaras Municipais) é de 15,75%. Destes, 9,47% são mulheres brancas, 6,03% mulheres negras e 0,05% mulheres indígenas. Comparando com a proporção de mulheres na população brasileira (51,75%), isso significa uma defasagem de 69,57% de espaço político a menos que as mulheres deveriam ocupar.
Se olharmos a raça dessas mulheres, a defasagem vai de 57,95% para as mulheres brancas e 78,98% para mulheres negras", explica. O movimento Paridade de Verdade é nacional. No Rio Grande do Sul, a mobilização é coordenada pelo MI- Movimento Independente 50/50 de Advogadas Gaúchas. “Desde maio estamos mobilizando e articulando a parceria de outros movimentos e instituições. Já somos oito entidades mobilizadas pela paridade”, revela a advogada Nelnie Lorenzoni, fundadora e uma das coordenadoras do MI.
Ela lembra que o 50/50 foi criado em 17 de junho de 2020 por advogadas que queriam a paridade de raça, gênero e etnia na Ordem dos Advogados do Brasil, além de uma mulher na presidência da OAB-RS. “Atualmente nosso MI é composto por mais de 200 pessoas e já se tornou sem fronteiras, pois temos integrantes de outros continentes”, diz Nelnie. As entidades parceiras do Movimento Independente 50/50 de Advogadas Gaúchas, na organização da Audiência Pública, são as seguintes:
Serviço: AUDIÊNCIA PÚBLICA “PARIDADE DE GÊNERO E RAÇA” 13 DE JULHO de 2022 - 19h
Espaço da Convergência- Assembleia Legislativa - Porto Alegre- RS Link para acompanhar online: https://alergs.webex.com/