Antes de ser preso nesta segunda-feira (16/05), Paulo Cupertino ficou por cerca de quatro meses hospedado no Mont Star Hotel, em Interlagos, na zona sul de São Paulo.
Ele estava foragido há quase três anos pela morte de Rafael Miguel e sua família, em 9 de junho de 2019. Durante esses período, Paulo Cupertino teve diversos esconderijos em ao menos três cidades diferentes, no interior do Mato Grosso do Sul, Paraná e Paraguai.
Logo após balear as vítimas, Cupertino fugiu a pé pelas ruas do bairro da Pedreira, na zona sul de São Paulo, onde morava. Nos dias seguintes ele teria recebido a ajuda de amigos em diferentes cidades do interior de São Paulo para financiar a fuga.
Um mês após os assassinatos, o acusado estava na cidade de Jataizinho, no Paraná, onde emitiu o documento com o nome de Manoel Machado da Silva com uso de certidões falsas. A carteira foi emitida em 16 de julho de 2019.
Cupertino teria chegado ao novo esconderijo, na cidade de Yataity del Norte, no Paraguai, após decolar de um aeródromo a 320 km de Eldorado, em um avião pilotado por Alfonso Helfenstein, amigo e dono do sítio onde ele ficou escondido por cerca de 15 meses com identidade falsa. O acusado passou 22 dias escondido nessa fazendo, até ser reconhecido.
No período em que permaneceu na fazenda, Cupertino trabalhou no cultivo de soja e milho. Segundo relatos de funcionários, ele falava pouco e se mantinha sempre muito distante dos agricultores brasileiros.
Depois da saída da fazenda, uma câmera mostrou o momento em que ele estaria fugindo novamente, com o registro do dia 25 de novembro de 2020. Desta vez, tentava ir para uma cidade próxima da fronteira da Bolívia.
Depois da temporada no Paraguai, ele foi para a cidade de Eldorado, em Mato Grosso do Sul, onde havia se escondido num sítio. Cupertino frequentava uma pela barbearia no local para manter o disfarce.
Fonte: R7