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AGRONEGÓCIO: executivos americanos apontam Brasil como um dos maiores mercados no mundial

18 de Março de 2022

Randy Wood e Brian Ketcham, respectivamente CEO e CFO globais da multinacional norte-americana Lindsay, e Eduardo Navarro, diretor-geral da marca na América do Sul, estiveram em Goiânia no último dia 9 de março e falaram e sobre o enorme potencial brasileiro para agricultura irrigada, com destaque para Goiás, maior mercado da empresa dentro País

Randy Wood, presidente e CEO da Lindsay
Assessoria de Imprensa
Brian Ketcham - CFO da Lindsay
Eduardo Navarro, diretor-geral da Lindsay no Brasilda
Cauê Campos, CEO do Grupo Pivot

Em visita à Goiás, três dos principais executivos da Lindsay, marca líder mundial no desenvolvimento de tecnologias para irrigação, confirmaram que o Brasil é o segundo maior mercado de seus produtos e serviços. Randy Wood e Brian Ketcham, respectivamente CEO e CFO globais da multinacional norte-americana, e Eduardo Navarro, diretor-geral da marca na América do Sul, estiveram em Goiânia na semana passada e falaram a alguns veículos de imprensa especializados no agronegócio. Na capital eles foram recebidos por Cauê Campos, CEO da Pivot, concessionária autorizada da Lindsay no País e líder nacional  na venda de maquinários agrícolas e sistemas de irrigação.

Em entrevista à jornalistas do setor agro, os dois executivos americanos disseram que a Lindsay atualmente está presente em 90 países, e desses, o Brasil é o seu segundo maior mercado, perdendo apenas para os Estados Unidos, onde fica a sede da marca. "Dentro do cenário nacional, Goiás é fantástico e representa o maior mercado interno de nossos produtos”, destacou Randy Wood.

Ao justificar o porque o Brasil é hoje um grande mercado potencial para a agricultura irrigada, Wood ressaltou que o nosso país, além de uma enorme extensão territorial com vasto potencial agrícola e um forte mercado consumidor interno, possui um “agronegócio muito maduro e muito ligado em tecnologia”. Números do Atlas de Irrigação 2021, elaborado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), mostram que atualmente o Brasil possui mais de 8,2 milhões de hectares irrigados, mas tem possibilidade de avançar para mais 4,7 milhões de hectares até 2040, o que representaria um acréscimo de 51% na nossa área irrigada.

Frente à necessidade iminente de uma produção de alimentos de proporções gigantescas, haja visto o aumento da população mundial, o CEO da Lindsay avalia que a chamada agricultura de precisão é o único caminho possível para atender a essa demanda global. “Anos atrás agricultura de precisão era algo considerado muito complicado, mas hoje é muito mais acessível. E o Brasil tem aproveitado bem esse seu potencial", afirmou o executivo.

Ao destacar que a Lindsay responde hoje por uma grande fatia dos pivôs centrais comercializados nacionalmente, o CFO da marca, Brian Ketcham, afirmou que os números de agricultura de irrigação no Brasil são impressionantes e a meta para 2022 é alcançar uma fatia ainda maior do mercado brasileiro. “Além de crescer mais por aqui, queremos trazer para cá outras novas tecnologias que estamos desenvolvendo”, afirmou. O executivo americano também avaliou que a agricultura irrigada é o caminho natural e mais sustentável para o atendimento da alta demanda por alimentos no mundo. “É mais sustentável porque você tem um sistema que irá aplicar a água na hora e quantidade certa, o que reflete diretamente na produtividade, que pode aumentar em até 40%, e na qualidade. Diferente do que se possa imaginar não é também um investimento tão elevado para os produtores, já que um sistema de irrigação por pivô central, por exemplo, pode se pagar entre dois e três anos”, revela.

Mudança de cultura
E por falar em sustentabilidade, apesar de ser um sistema de plantio que garante alta produtividade de alimentos de forma sustentável, Eduardo Navarro, diretor-geral da Lindsay na América Latina, afirma que no Brasil ainda há uma visão bastante equivocada de grande parte da sociedade sobre a agricultura irrigada. Para ele, as novas tecnologias de irrigação são a quarta revolução agrícola do mundo, porque é o único meio capaz de agregar de 30% a 40% de produtividade numa mesma safra, com redução de custos. Ele lembrou ainda que de toda a área agricultável do Brasil, apenas 7% é irrigada, porém essa área responde por 40% do valor da produção agrícola no País. 

“É preciso desmistificar essa ideia de que agricultura irrigada é um ‘gastadora de água’. Muito pelo contrário. Nós não consumimos água, pois toda essa água que a irrigação capta da natureza ela devolve do mesmo jeito, sem contaminação alguma, diferente do que ocorre em muitos processos industriais. Acontece que muitas vezes a sociedade tem ideia de uma coisa, mas não tem em mãos toda informação”, argumenta.

Ao falar do potencial agrícola do Brasil, Navarro afirmou que o nosso país, por seu perfil de regime de chuvas diferenciado, em relação a grande maioria de outros países, é o único lugar no mundo onde é possível, usando sistemas de irrigação de alta precisão, ter até cinco safras em dois anos. “Em Goiás, por exemplo, já é possível, com uso da irrigação, você fazer três safras num ano, usando-se irrigação”, afirma.

Modernidade
De acordo com Cauê, a tecnologia de irrigação possibilitou que o Brasil, que já era uma potência agrícola, se consolidasse como o grande celeiro do mundo. “Com a agricultura irrigada você consegue produzir em regiões que antes não era possível e isso cria mais oportunidades dentro do agronegócio. Se antes você tinha, por exemplo em Goiás, terras em regiões como a de Rio Verde, que sempre foram muito valorizadas pela produção da soja, agora você tem novas fronteiras agrícolas no estado, com a região do Vale do Araguaia onde muitos produtores têm migrado da pecuária para a agricultura”, afirma o CEO da Pivot.

Segundo Cauê, os sistemas de irrigação agrícola estão num patamar de altíssima tecnologia, dentro do que pede a chamada agricultura 4.0, e avançar depende do agricultor entender os benefícios e investir em conectividade.   “Hoje já temos a tecnologia para conectar qualquer pivô central à internet. O que parece o futuro hoje é o presente. Depende apenas do agricultor entender os benefícios e adquirir a tecnologia. Hoje já vendemos tecnologia para conectar qualquer pivô à internet”, alega Cauê Campos.

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