Por Julio Di Madeo
Era março de 2020 quando tudo começou em nosso país. O vírus se instalou em uma das cidades mais populosas do Brasil e nunca imaginamos que o estado de pandemia duraria meses e se estenderia para outro ano.
Até que, em janeiro de 2021, retomamos a esperança perdida. A primeira vacina aplicada nos deu um misto de orgulho, empatia, senso coletivo e uma expectativa enorme.
Apesar do avanço da vacinação, enfrentamos uma segunda onda avassaladora que nos abalou profundamente e ceifou a vida de milhares de pessoas. Porém, como resilientes que somos e aprendemos a ser, nos resguardamos e esperamos - cada um à sua maneira.
Ainda com arquibancadas vazias, os Jogos Olímpicos de Tóquio - que iriam acontecer em 2020 e foram transferidos para este ano - nos deram orgulho e sentimos novamente como é ganhar, vencer e subir no ponto mais alto do pódio. Nossos atletas renasceram e nós renascemos juntos. A vida, afinal, segue um caminho natural: pra frente.
Aos poucos medidas restritivas foram se flexibilizando em todos os cantos. O comércio e o varejo se estabeleceram e puderam abrir suas portas e retomar as atividades, quase normais, com os protocolos intensificados: álcool gel virou produto indispensável por todos os cantos, as máscaras - tão eficazes - item obrigatório e ainda o distanciamento adiando abraços.
No turismo, as fronteiras de importantes países do mundo e antes fechadas para conter a disseminação do vírus, se abriram após mais de 500 dias. E com esse respiro, negócios voltaram a ser feitos, abraços de familiares foram dados, os pontos turísticos voltaram a ser conhecidos - fazendo girar assim a roda da economia mundial.
Entre tantas perdas - anônimas, conhecidas e de famosos que amávamos, o segundo ano de pandemia, ainda não completo, nos ensinou, sobretudo, sobre persistência, força e esperança.
Estamos aqui, com um saldo de dias vividos - talvez não como esperávamos - mas sim, vivos, sobrevivendo por eles que se foram. O sinal ainda é de atenção e não é hora de descuidar de toda a vida que conseguimos preservar. Ainda precisamos de cuidado, respeito ao próximo e ao coletivo.
O que levamos para 2022 é o sentimento de gratidão e mais esperança. Viveremos 365 novas oportunidades e faremos o melhor ano de nossas vidas.