A expedição busca traçar um mapa do cenário da produção bovina no país e facilitar o intercâmbio de conhecimento entre fornecedores de tecnologia e pecuaristas
A nova etapa da Confina Brasil 2021, expedição que tem como objetivo mapear com profundidade a realidade da produção de bovinos de corte nos quatro cantos do país, parte agora para a região norte do Brasil. A jornada começou no dia 26 de julho e segue até o dia 20 de agosto e vem abarcando fazendas e confinamentos dos estados de Rondônia, Mato Grosso e Pará. A Casale Empreendimentos é uma das empresas que participam ativamente da expedição. Na prática, a iniciativa permite que profissionais das empresas patrocinadoras do projeto vivenciem a realidade do produtor rural, identificando tendências e suas maiores dores e demandas.
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A primeira parada da segunda etapa da Confina Brasil 2021 acabou de passar por Rondônia, no norte do país. No estado, contatou-se um investimento expressivo na suplementação da população bovina confinada, além de uma gestão bastante profissional e eficiente, mesmo em espaços enxutos. A expedição visitou fazendas produtoras localizadas nas zonas rurais dos municípios Ji-Paraná, Porto Velho, Rolim de Moura, Ariquemes, Ouro Preto d'Oeste, Santa Luzia do Oeste, São Felipe do Oeste, Pimenta Bueno, Pimenta Bueno, Chupinguaia, Vilhena, Corumbiara, Cerejeiras e Colorado do Oeste. Os próximos passos serão dados já a partir desta semana, em fazendas localizadas no estado do Mato Grosso.
De acordo com Jaqueline Casale Pizzolato, zootecnista e Diretora Comercial da empresa de soluções para pecuária Casale Equipamentos, a agenda do Confina Brasil é extremamente estratégica para a companhia. Isso porque, segundo a especialista, além de ser um investimento de desenvolvimento profissional para o time de campo, ao vivenciar realidades diversas da pecuária, também permite uma análise para desenvolvimento de novas soluções.
“Cada região do País apresenta suas peculiaridades: são diferentes condições de produção agrícola, de clima, da genética do gado. Tudo isso impacta na realidade da nutrição animal e, consequentemente, na estratégia do negócio. O Confina Brasil é uma oportunidade para vivenciar de pertinho cada detalhe dessas diferentes rotinas, e também trocar muito conhecimento. Neste contexto, nosso trabalho consiste em contribuir com nossa bagagem e aprendizados de 57 anos em conhecimento técnico de equipamentos, e entender como nossas soluções podem ser melhor utilizadas especificamente dentro daquela realidade”.
Na primeira etapa da expedição, ocorrida na região Sul do Brasil, foram constatados aspectos como a forte influência das raças européias/taurinas. Na região noroeste do Paraná notamos a presença de machos recém castrados, e também a presença de agricultura em maior escala, quando comparado ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em terras gaúchas, foi percebido um alinhamento interessante entre genética, produtividade e bem estar animal, além da predominância de negócios familiares. Já em Santa Catarina, foram vistas operações mais enxutas, mas bem coordenadas, que lidam com a dificuldade na quantidade de oferta.
“Agora, nosso propósito é observar de perto as realidades e oportunidades dos produtores do Norte do Brasil, que vêm crescendo fortemente lado a lado à agricultura. Conhecer também os cuidados da produção agropecuária no bioma amazônico também será algo novo para os colaboradores que não são desta região, e estarão presentes na rota”, detalha Jaqueline.
Caminhos do confinamento
A terceira e última etapa do Confina Brasil será em Setembro, e irá contemplar os estados de Tocantins, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. A meta é visitar 120 propriedades rurais em 11 estados da federação. O objetivo da expedição Confina é que, ao término das rotas, seja realizado um mapeamento de cerca de 40% do gado confinado nas fazendas brasileiras.
Em sua primeira edição, realizada em 2020, foram visitadas 118 propriedades em 5 estados, responsáveis por 30% do gado confinado no Brasil. O estudo busca atualizar informações sobre os confinamentos visitados no ano passado e ampliar ainda mais, com dados de propriedades responsáveis por mais de dois milhões de bovinos em confinamento no país.