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Bitcoin: o sobe e desce do mercado

26 de Maio de 2021

Por Julio Di Madeo

Ela ganhou fama em 2018 como uma resposta para a crise financeira. A primeira moeda digital, o Bitcoin, abriu as portas para o universo dos criptoativos. A ideia em sua criação era substituir o dinheiro físico e desbancar as operações financeiras feitas em bancos tradicionais.

Muito inovadora e futurista, a moeda que só existe de fato no meio digital, divide opiniões de especialistas na área e dos investidores de todo o mundo, incluindo o fundador da Berkshire Hathaway, Warren Buffett – considerado um dos maiores investidores da história - que já declarou publicamente ser contra. 

Assim como outros ativos e ações sofrem oscilações todos os dias, de acordo com a demanda e procura ou um comentário de especialistas do setor, Bitcoin também sofreu no mês de maio por essa influência que impulsiona a venda e compra desenfreada.

A segunda maior queda de sua história ocorreu após o bilionário e dono da Tesla, Elon Musk - um dos grandes otimistas em relação à criptomoeda em seu início - afirmar que a montadora não aceitaria mais bitcoin como forma de pagamento devido ao potencial de danos da moeda. A queda foi expressiva e durou alguns dias até, ele mesmo voltar a expressar sua opinião a favor, o que elevou novamente o valor do bitcoin no mercado.

O dano que Musk se refere é relativo aos impactos ambientais. Segundo ele, o “seu uso não compensava”. Para existir, as criptomoedas demandam muita energia. Um indicador desenvolvido pela Universidade de Cambridge aponta que o consumo de energia anual chega quase ao mesmo volume produzido pela Argentina inteira. E isso tem impactos no meio ambiente e emissão de gases. Para se produzir, as criptomoedas usam computadores que realizam cálculos matemáticos de alta complexidade em uma rede paralela na web 24 horas por dia.

Por outro lado, uma das vantagens da criptomoeda é sua valorização se comparada com as moedas fiduciárias de alguns países e do poder de compra, sempre menor, que é atrelado à inflação. Assim o digital acaba levando a melhor quando as pessoas percebem essas desvalorizações.

A falta de controle orçamentário dos governos leva às taxas de inflação altas. A injeção de moeda oficial no mercado para impulsionar e salvar a economia feitas no ano de 2020, trarão consequências que logo serão sentidas. Os investidores pelo mundo já estão optando por adquirir ações de empresas seguras, títulos, dívidas e imóveis. O próximo passo então seria migrar para a compra de ouro, bitcoin e demais ativos.

Deste modo, empresas pelo mundo poderiam também ver na moeda virtual uma boa chance de negócios e a adotariam como reserva, assim como foi feito com o ouro.

Trazendo para nossa realidade, investir nestes ativos é algo ligado ao futuro da tecnologia e pensamento de longo prazo.  De modo geral, especialistas indicam a diversificação da carteira a não destinar todos os fundos em único ativo. Seja você iniciante ou se já está há mais tempo no mundo dos investimentos deve ponderar se está preparado para viver e acompanhar as grandes variações que podem acontecer a cada hora ou até, minuto.

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