O espetáculo “1975” (03 estrelas da Revista Veja SP) da autorauruguaia Sandra Masseraprotagonizado pela atriz Angela Figueiredo após cumprir duas temporadas presenciais em 2019 (Instituto Cultural Capobianco) e 2020 (Teatro Arthur Azevedo), estreia no dia 13 de março temporada online da peça. 1975 é um espetáculo sensível e forte conduzido pela linda iluminação cênica, vídeos e trilha sonora impactantes fortalecem a narrativa sobre a passagem do tempo e a dor pelo desaparecimento de pessoas próximas.
Atriz Angela Figueiredo |
Esvaziando a casa de seus pais Teresa encontra seu caderno e cartas que escreveu desde que seu irmão sumiu durante a última ditadura no Uruguai quando ela era adolescente. A peça teve sua direção feita a quatro mãos,por Sandra e Angela, entreo eixo São Paulo-Montevidéu.
O espetáculo é uma obra de ficção inspirada em fatos reais. O texto surgiu a partirda peça Boneco Sem Rosto, também de Sandra,criado para a convocatória paraautores uruguaios e argentinos de textos curtose monólogos paraos 10 anos do Teatro De La Identidad, organizado pelas Abuelasde Plaza de Mayo, realizadoem Buenos Aires, Argentina.
Atriz Angela Figueiredo |
Essa convocatória tem o temado desaparecimento de pessoas nas ditaduras do Uruguai e Argentina. Ela partiude uma história real que viveu na sua adolescência e nos anos daditadura, quando cadáveresanônimos eram encontrados na costa uruguaialançados de aviõesno Rio da Prata. Estesvoos ficaram conhecidos como voos da morte. 1975 ganhou o Prêmio Florêncio de Melhor textode Autor Nacionalem 2015, ano de sua estreia em Montevidéu. A montagem uruguaiaestreou em 2015 fez duas turnês na França, foi montado na Argentina (2017) eagora no Brasil.
FICHA TÉCNICA:
Texto: Sandra Massera
Direção: Angela Figueiredo
Co-direção: Sandra Massera
Assistente de direção: Claudinei Brandão
Elenco: Angela Figueiredo
Criação de vídeos e fotos: Nanda Cipola
Produção executiva: Cristiani Zonzini
Cenografia e figurinos: Kléber Montanheiro
Iluminação: Amarílis Irani
Trilha sonora: Branco Mello e Sandra Massera
Programação Visual: Vicka Suarez
Adaptação de artes: Erik Almeida
Adaptação e operação de luz: Reynaldo Gonzaga
Operação de som e vídeo: Nanda Cipola
Câmera: Renner Torres
Captação de áudio: Sidnei Camargos
Coordenação de montagem, desmontagem e logística: Bento Mello
Interprete de libras: Wesley Leal
Assessoria de Imprensa: Fabio Camara
Divulgação em redes sociais e técnica online: Joaquim Mello
Realização: Casa 5 Produções
SERVIÇO:
LOCAL: canal do YouTube Angela Figueiredo. https://www.youtube.com/user/figueiredoangela
DATA: 13/03 até 28/03 (Sábado 22h e domingo 18h)
INGRESSOS: Gratuito
INFORMAÇÕES: @angelafigueiredo
DURAÇÃO: 60 minutos
CLASSIFICAÇÃO: 12 anos
EQUIPE:
Angela Figueiredo (atriz e diretora)
Estreou no teatro amador em 1974 na peça A Megera Domada, dirigida por Carlos Wilson, no Teatro Tablado (RJ), depois participou do Grupo Construção Teatral de dança Contemporânea (RJ), direção da bailarina Gerry Maretzki, em 1976, e em 1983 estreou na TV na novela em Guerra dos Sexos com a personagem Analú. Seus mais recentes trabalhos como atriz são: Festival de Peças de Um Minuto, do Grupo Parlapatões, nas edições I, II, III e IV, nos anos de 2008, 2010, 2013 e 2018 respectivamente. Participou da novela Saramandaia, da TV Globo, em 2013, do espetáculo de teatro Serpente Verde, Sabor Maçã, direção de Lavínia Pannunzio, em 2011, do espetáculo Diga que Você Já Me Esqueceu, direção Dan Rosseto, em 2016. Participou ainda do projeto Terça em Cena, em 2016 e Quinta em Cena, em 2017 no Teatro Cemitério de Automóveis. Angela fundou a Cia de teatro As Moças com a atriz Fernanda Cunha, em 2010, realizando a trilogia de peças com o tema “mulheres confinadas a margem da sociedade”, com os espetáculos: As Moças – O Último Beijo, direção de André Garolli, em 2014, Noites Sem Fim, direção Marco Antônio Pâmio, em 2016 e em 2018 o espetáculo, Abre a Janela e Deixa Entrar o Ar Puro e o Sol da Manhã, escrita em 1968, pelo autor Antônio Bivar.
Sandra Massera (autora e diretora)
Nasceu em Montevidéu, em 1956, dramaturga, diretora de teatro, atriz e professora. Formada pela escola Municipal de Arte Dramática e pelo Instituto de Professores Artigas. Escreveu diversos textos para teatro e três óperas. Suas obras para teatro têm recebido diversos prêmios, entre eles, Prêmio Florencio da Crítica pelo melhor texto nacional; Prêmio Nacional de Literatura do Ministério da Educação e Cultura; Prêmio Juan Carlos Onetti; Prêmio da Comissão do Fundo Nacioanl de Teatro, Museo Vivo de Titere/MEC, entre outros. É fundadora e diretora do Grupo de Teatro Umbral em Montevidéu desde 1998, grupo independente que tem levado diversos textos aos teatros e em festivais internacionais, como Argentina, Chile, Brasil Estados Unidos, França e Espanha. Sandra lançou, em Montevidéu, no final de 2018 o livro No digas, nada Nena e outros textos para teatro pela editora Estuario, 1975 está dentre os textos selecionados