Documentário dirigido por Claudio Manoel e Micael Langer traz histórias da vida do apresentador pouco conhecidas do público
A história de Abelardo Barbosa, um dos principais comunicadores que o país já viu, é tão rica que foi retratada em diferentes formatos pela indústria cultural brasileira. A biografia de Chacrinha já ganhou os palcos, fez sucesso na telona e na TV com “Chacrinha – O Velho Guerreiro” e agora, dia 28 de janeiro, estreia nos cinemas o documentário “Chacrinha - Eu Vim Para Confundir e Não Para Explicar”. Com direção de Claudio Manoel e Micael Langer, o filme remonta o legado do Velho Guerreiro intercalando depoimentos de personalidades, imagens raras de arquivos e entrevistas antigas do próprio Abelardo. O longa-metragem, distribuído pela Bretz Filmes, tem produção da Media Bridge com coprodução da Globo Filmes, Globonews e Canal Brasil. ASSISTA AO TRAILER
O documentário passa por toda a carreira de Chacrinha e mostra curiosidades da vida pessoal dele nos depoimentos dos filhos Jorge Barbosa e Leleco e da viúva, Dona Florinda. Personalidades como Pedro Bial, Luciano Huck, Rita Cadillac, Boni, Stepan Nercessian, Angélica, Wanderléa, entre muitos outros, lembram os principais acontecimentos na vida do comunicador. Amigos de Chacrinha que já faleceram também falam sobre a trajetória do Velho Guerreiro, como Elke Maravilha, Chico Anysio e Gugu Liberato.
“Chacrinha - Eu Vim Para Confundir e Não Para Explicar” passa pelo início da carreira do pernambucano como locutor de rádio, sua chegada ao Rio de Janeiro, quando começou a trabalhar na Rádio Tupi, e revela como sua genialidade o destacou nos programas que comandava. Na TV, Abelardo Barbosa passou por quase todas as emissoras do país, consolidando uma carreira de sucesso entre as décadas de 1950 e 1980. Seu visual engraçado, os bordões repetidos até hoje, os concursos mais inusitados da televisão, as Chacretes e o show de calouros revolucionaram e popularizaram a TV como nunca antes.
Com uma personalidade difícil, polêmico e controverso, Chacrinha vivia para o trabalho e fazia de tudo para estar sempre em primeiro lugar na audiência. Ele não se deixava dirigir no ar e queria fazer o programa da forma como achava melhor. Entre os momentos pessoais da vida do artista está também retratado o acidente que deixou tetraplégico o filho José Renato Barbosa de Medeiros, o Nanato.
"Pra competir com a vida real, a ficção tem que comer muito arroz com feijão", diz Claudio Manoel, explicando que o documentário faz um resgate realista da dimensão do que foi o maior comunicador brasileiro de todos os tempos, com histórias inéditas e outras já conhecidas do público. "O filme não é uma apologia ao Chacrinha, a gente não tinha pré-disposição de idolatrá-lo", declara.
Boni, por exemplo, abre o jogo sobre a estratégia de guerrilha que precisou usar quando, em 1972, Chacrinha decidiu, num ímpeto, trocar a Globo pela Tupi. O então executivo da emissora do Jardim Botânico ficou com um buraco na grade e recorreu a Roberto Carlos, que era contratado da casa para fazer um programa por mês. "Eu falei o seguinte: você faz um único programa por ano (que daria origem ao seu tradicional especial de Natal) e apresenta agora 11 programas "Globo de Ouro" no mesmo horário do Chacrinha na Tupi." Boni conta que o Rei primeiro relutou, disse que não podia fazer isso, que tinha sido praticamente lançado pelo Chacrinha. Mas, então, Boni apelou: "Roberto, coloca então aí a nossa amizade, sua história na Globo e também o fato de eu ter cancelado seus patrocinadores de bebida alcoólica como você me pediu. E aí ele fez."
Nesses três meses, Boni teve tempo de criar o "Fantástico - O Show da Vida", que está até hoje na grade da emissora. "Chacrinha continuava ganhando audiência com o show de calouros. Achei que pra competir com ele seria necessário um mosaico com o que a Globo tinha de melhor. As duas emissoras tinham na casa de 30 pontos. Mas o Fantástico acabou com o Chacrinha no domingo: a Globo ficou com 50-60 pontos e a Tupi com 10-12." O Velho Guerreiro acabou voltando para a Globo 10 anos depois, em 1982, e voltou a bater recordes de audiência nas tardes de sábado, com até 52% de share. Ficou na emissora até morrer em decorrência de um câncer de pulmão, em 1988, aos 70 anos. Vascaíno de coração e apaixonado pela Portela, ele foi enterrado com as duas bandeiras sob seu caixão.
“Chacrinha - Eu Vim Para Confundir e Não Para Explicar” mostra por que, mesmo mais de 30 anos após sua morte, Chacrinha ainda permanece na mente da população brasileira como um dos personagens contemporâneos mais interessantes do cenário cultural nacional.
FOTOS E CARTAZ - https://cutt.ly/3jSIUXH
TRAILER - https://cutt.ly/gjSIJPg
SINOPSE
Abelardo Barbosa, nosso eterno Chacrinha, tem sua trajetória resgatada neste documentário. Com direção de Claudio Manoel e Micael Langer, o filme remonta o legado do Velho Guerreiro, um dos apresentadores mais importantes da televisão brasileira entre as décadas de 50 e 80. O filme revela trechos de sua conturbada vida pessoal, com imagens de arquivo e depoimentos de familiares e de personalidades como Pedro Bial, Luciano Huck, Rita Cadillac, Boni, Stepan Nercessian, Angélica, Wanderléa, Elke Maravilha, Chico Anysio e Gugu Liberato.
FICHA TÉCNICA
Direção: Claudio Manoel e Micael Langer
Produtores: Cosimo Valerio e Angelo Salvetti
Fotografia: Paulo Santos
Produtor Executivo: Fernando Zagallo
Produção: Media Bridge
Pesquisa e Colaboração roteiro: Julia Schnoor
Diretora de Produção: Rose Soares
Montagem: Rafael Paiva
Equipe de Produção Media Bridge: Lupa Mendes, Emerson Rodrigues, Lúcia Burmeister, Victor Restel, Weverton Campos
Produtor Associado: Vitor Brasil
Coprodução: Globo Filmes, Globonews e Canal Brasil
Distribuição: Bretz Filmes
Duração: 88 minutos
Classificação: 12 anos
SOBRE A MEDIA BRIDGE
A Media Bridge é uma das maiores produtoras multiplataforma do Brasil, que reúne amplo conhecimento em tecnologia, mídia e integração de conteúdos às diversas plataformas de mídia, além de desenvolver novos modelos de negócio para o audiovisual. Em 2014 lançou “Isolados”, o primeiro filme brasileiro do gênero thriller psicológico, com Bruno Gagliasso, Regiane Alves e José Wilker. A obra ainda hoje é uma das maiores bilheterias nacionais do gênero, e em 2020 figurou entre os Top 10 Nacional do catálogo da Netflix. Entre os destaques de seu portfólio está o longa-metragem “Chacrinha: O Velho Guerreiro”, de Andrucha Waddington, em parceria com a Globo Filmes, vencedor de três prêmios no Grande Prêmio de Cinema da ABC em 2019: Melhor Som, Melhor Ator (Stepan Nercessian) e Melhor Filme pelo Voto Popular. Esta grande homenagem ao maior apresentador da TV brasileira inclui, também, uma série de ficção para a Rede Globo e o documentário “Chacrinha - Eu Vim Para Confundir e Não Para Explicar”, dirigido por Claudio Manoel e Micael Langer.
A produtora realizou os longas “Intervenção”, com Bianca Comparato e Marcos Palmeira, “Virando a Mesa”, ação policial com doses de humor, além de “A Cerca”, primeiro longa do veterano diretor de TV Rogério Gomes (Papinha). Atualmente a Media Bridge produz “Não Aprendi Dizer Adeus”, a cinebiografia do cantor Leonardo, e a adaptação da renomada peça teatral “A Vida Sexual da Mulher Feia”, estrelada por Otávio Müller. Os projetos futuros incluem “Meu Nome é Walter” (título provisório), sobre a vida do jogador e comentarista Walter Casagrandre; “O Rei do Caranguejo”, uma comédia de erros e humor negro sobre uma série de assassinatos acontecidos no Rio de Janeiro; e “Minha Mulher Perfeita”, com roteiro de Rene Belmonte e protagonizado por Marcelo Serrado.
SOBRE A BRETZ FILMES
A Bretz Filmes, iniciou as atividades em 1990 no mercado de vídeo como distribuidora e representante das principais empresas. Em 2011 passou a ter atuação nacional e internacional, adquirindo filmes nacionais e estrangeiros para distribuição própria em salas de cinema, vídeo doméstico, televisão aberta e paga e VoD, especializando-se na distribuição de documentários e filmes de autor, lançando títulos como Woody Allen - O Documentário, O Cavalo de Turim, Nostalgia da Luz, Another Year, Gabriel e a Montanha, On Yoga, Cézanne e Eu, For Sama, Honeyland, Fico Te Devendo Uma Carta Sobre o Brasil e Soldado Estrangeiro, dentre muitos outros.
COPRODUÇÕES GLOBO FILMES, GLOBONEWS E CANAL BRASIL
A Globo Filmes, a GloboNews e o Canal Brasil assinam, juntos, a coprodução de diversos documentários, que transitam pelos mais diversos assuntos relacionados à cultura brasileira e que apresentam olhares únicos sobre personagens, épocas e fatos da nossa história. A parceria pretende fomentar a produção, a exibição e a divulgação de filmes do gênero, que ainda tem pouca visibilidade no mercado brasileiro, mas representa muito mais do que uma fonte de entretenimento: é essencial para a preservação da memória de uma nação.
Juntos, Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil e já investiram em mais de 40 documentários, entre eles “Libelu – Abaixo a Ditadura”, de Diógenes Muniz (vencedor do É Tudo Verdade de 2020); “Babenco - Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou”, de Bárbara Paz (premiado como melhor documentário sobre cinema da Venice Classics, mostra paralela do 76º Festival de Veneza em 2019 e representante do Brasil no Oscar 2021); “Cine Marrocos”, de Ricardo Calil (vencedor do É Tudo Verdade 2019 e ainda inédito em circuito); "Barretão", de Marcelo Santiago (ainda inédito em circuito); “Henfil”, de Ângela Zoé (vencedor do Cine PE de 2018); “Menino 723”, de Belisário Franca (melhor doc do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2017); “Tá Rindo de Quê”, de Claudio Manoel, Álvaro Campos e Alê Braga; “Fevereiros”, de Marcio Debellian; “Mussum - Um Filme do Cacildis”, de Susanna Lira; “Setenta”, de Emília Silveira (melhor doc da Mostra São Paulo de 2014). Atualmente, mais de 15 documentários estão em produção, em diferentes regiões do país.