Através da Iris é uma homenagem à novaiorquina Iris Apfel, ícone mundial da moda aos 97 anos, é um elogio à liberdade. “More is more, less is bore. "Mais é mais, menos é chato", uma brincadeira com o velho “menos é mais”, é o lema de Iris Apfel, empresária, designer de interiores, e hoje uma das maiores referências mundiais na arte pop e no mundo fashion.
Inspirado nas ideias arrojadas e do humor algo ácido de Iris Apfel, a peça faz uma imersão no universo desta mulher, que inspira e surpreende artistas e criadores mundo afora com sua autenticidade e pensamento. Suas ousadas misturas ao se vestir, seus acessórios exuberantes, os óculos gigantes e roupas multicoloridas falam sobre a independência e autenticidade. Sobre experimentar - e se experimentar – sem medo do julgamento.
Quando ainda atuava como designer de interiores, Iris, junto ao seu marido, Carl Apfel (morto em 2015, aos 100 anos), viajava o mundo em busca dos tecidos perfeitos para a clientela ilustre que incluía nomes como Estée Lauder, Jacqueline Kennedy Onassis e Greta Garbo. A dupla foi chamada para decorar a Casa Branca por oito administrações: Truman, Eisenhower, Nixon, Kennedy, Johnson, Carter, Reagan e Clinton. Aos 84 anos de idade, a designer foi surpreendida por uma virada em sua vida: passou a ter seu estilo reverenciado pelo mundo todo depois se tornar tema de uma exposição no Metropolitan Museum de Nova York, onde inicialmente seriam apresentados cinco looks seus em uma pequena galeria, mas o evento se transformou numa exposição inteira com mais de 80 looks e cerca de 150 mil visitantes.
“Uma das maiores surpresas que tive ao escrever o espetáculo, foi ter encontrado uma segunda personagem, dentro da nossa ‘Estrela Geriátrica’. Não são apenas, moda, estilo, frases ácidas e divertidas que permeiam seu universo. Descobri uma mulher de vida colorida - ela mesma fala que as cores ressuscitam os mortos - com uma larga experiência, movida pela vivacidade, bom humor e coragem. Encontrei uma Iris que serve de exemplo pra todos aqueles que desistiram da vida. Lembrem-se de que ela tem 97 anos e uma imensa alegria de viver!”, comenta o autor Cacau Hygino.
Rodrigo Lopes |
SINOPSE
Nathalia Timberg está em cena como Iris Apfel dando uma entrevista - ela abre sua casa e divide, com uma suposta equipe jornalística, suas histórias e opiniões sobre os mais variados assuntos, sem papas na língua.
A MONTAGEM
Nas palavras da diretora: “O que mais me interessa durante o processo de construção teatral é a possibilidade de se estabelecer inúmeros pontos de vista sobre a mesma obra ou, no nosso caso, sobre a mesma pessoa. Quando me deparei com essa figura excêntrica, icônica que é Iris Apfel, eu, de imediato, fiz a minha escolha. Transpor para cena não aquela mulher com todos seus acessórios e marcas. Mas sim me apropriar do ser humano que estava por trás disto, aproximando o espectador deste universo, que para mim não era somente estético. Estabeleci minha encenação por vias do teatro documental, na tentativa de ultrapassar essa linha tênue entre realidade e ficção. Onde as questões abordadas são pertinentes a qualquer geração, em qualquer tempo, afirmando verticalmente um pacto com o real.”
A diretora Maria Maya, em parceria com o autor Cacau Hygino, concebeu o espetáculo como um documentário cênico. Os depoimentos da atriz no palco se misturam às suas aparições em vídeos projetados no cenário. As ações presenciais dialogam com as ações virtuais, numa interação em tempo real.
O cenário de Ronald Teixeira é uma grande caixa vazada por grandes janelas, por onde vemos o interior da casa de Iris, com sua exuberância e barroquismo – objetos multicoloridos que vão, desde velas e obras de arte, a bichos de pelúcia e flores, além de duas coloridas poltronas bergère. Ao longo da ação, esta caixa vai sendo desmontada, e vamos compreendendo que se trata de um estúdio de gravação, mais uma vez borrando os limites entre realidade e ficção.
A peça é apresentada pelo Ministério da Cultura com patrocínio máster da Renner, é realizada através da Lei Rouanet – Lei de Incentivo à Cultura, e patrocinada pela Porto Seguro.
IRIS APFEL
Aos 97 anos e, hoje, mais pop do que nunca, a designer de interiores novaiorquina não foi e nem é estilista, modelo ou editora de moda - isso, porém, não a impediu de se tornar um ícone de estilo, dialogando com o mundo através de seu look, em que não economiza na exuberância e na riqueza de detalhes.
Empresária, designer de interiores e, a partir de então, genuíno ícone da moda, a norte americana, foi uma das primeiras mulheres a usar calças jeans nos EUA, ganhou espaço sob os holofotes na última década graças à sua autenticidade e ao seu inconfundível estilo colorido e exuberante. Segundo a própria, os acessórios são itens obrigatórios na composição do look, o que torna qualquer um mais elegante.
Entre 2005 e 2006, Iris foi tema da exposição “Rara Avis: Selections from the Iris Barrel Apfel Collection”, que aconteceu no Metropolitan Museum (NY); em 2007, apresentou peças de seu guarda-roupas para o livro “Rare Bird of Fashion: The Irreverent Iris Apfel”; em 2011, no auge de seu reconhecimento, fechou parceria com famosa empresa de maquiagem para lançar uma coleção exclusiva.
“Envelhecer graciosamente é não usar maquiagem pesada e não tentar parecer mais nova. Eu acredito que foi Chanel quem disse ‘Nada faz uma mulher parecer tão velha quanto tentar desesperadamente parecer jovem’. Acho que você pode ser atraente em qualquer idade. Nunca tive muitos mentores ou ícones nem nada, eu simplesmente fui indo. Não estou fazendo nada violentamente diferente do que eu fazia há 50 anos. Meu marido e eu ríamos disso o tempo todo porque pensamos ‘Meu Deus’, essas garotas dizem que eu sou ‘cool’, ou ‘hot’, ou qualquer que seja a expressão, e eu não estou fazendo nada diferente do que fazia há muito tempo. É engraçado. Não posso dizer que não gosto, é muito lisonjeiro! Quando você é velho, começa a desmoronar – e precisa fazer o melhor possível para se manter firme. Acho que fazer coisas e se manter ativo é muito importante. Graças a Deus eu amo fazer coisas. Eu me sinto abençoada por ter todas essas oportunidades nessa fase da vida.” – Iris Apfel
FICHA TÉCNICA
Texto: Cacau Hygino
Direção: Maria Maya
Elenco: Nathalia Timberg
Diretor Assistente: Michel Blois
Diretores de Produção: Bruna Dornellas e Wesley Telles
Figurinista: Tati Brescia
Assistente Figurino: Wercisley Neto
Modelagem: Emilia Reily
Confecção e Costura: Ateliê ControlIU
Croquis: Allan Azevedo
Cenografia e Direção de Arte: Ronald Teixeira e Guilherme Reis
Assistente de Direção de Arte: Caroline Amaral
Cenotécnico: Humberto Júnior e equipe
Aderecista e Pintor de Arte: Gabriel Barros
Projeções Cênicas: Rico Vilarouca e Renato Vilarouca
Desenho de Luz: Adriana Ortiz Assistente de Luz: André Martins
Trilha Sonora: Marcello H
Fotos: Rodrigo Lopes
Videomaker TV: Johnny Luz
Visagismo: Vavá Torres
Criação da Arte: TeTo Cultura
Produtor Executivo EUA: Victor Barroco
Produtor Executivo e Social Media: Deivid Andrade
Operador de Luz: Paulo Moreira
Operador de Som: Bernardo Aragão
Operador de Vídeo: André Boneco
Contrarregras: Davidson Carvalho e Felipe Andrade
Camareira: Silvia Siqueira
Designer Gráfico: Ellen Trevizan
Assistente de Produção: Aline Gabetto
Coordenação Administrativa: Letícia Napole
Assessoria Jurídica: Luana Petry e Priscila Benincá
Assessoria Contábil: Leucimar Martins Marketing Cultural e Assessoria em Mídia: Rodrigo Medeiros
Realização: WB Produções Apresentado por: Ministério da Cultura e Renner Patrocínio: Porto Seguro
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
NATHALIA TIMBERG - atriz
Carioca, nascida em 1929, Nathalia Timberg é uma das mais importantes atrizes brasileiras. Com longa história no teatro, no cinema e em televisão (desde o lendário Grande Teatro Tupi, da extinta TV Tupi), participou de inúmeros teleteatros e telenovelas, assim como de um dos primeiros telejornais da Rede Globo, o Tele Globo. Alguns de seus trabalhos são considerados clássicos da teledramaturgia, como “O Direito de Nascer”.
Reconhecida por sua vasta carreira no teatro e na televisão, foi no cinema que teve sua primeira experiência artística. Aos seis anos, fez uma participação especial no filme O Grito da Mocidade, de 1937. Só voltaria a trabalhar numa produção cinematográfica mais de 20 anos depois.
Coleciona em seu histórico mais de 40 peças teatrais, cerca de 20 obras cinematográficas e mais de 50 trabalhos na televisão, entre minisséries, programas e novelas. Consagrada pelo público e pela crítica, foi indicada a inúmeros prêmios por sua atuação e homenageada em importantes eventos relacionados ao cinema, ao teatro e à televisão.
MARIA MAYA – diretora
Bacharelada em Artes Cênicas pela UNIRIO, Maria Maya é atriz e diretora teatral, e assina a direção do espetáculo “Através da Iris”. Vem dirigindo peças no Rio e em São Paulo com sucesso e regularmente, entre elas "Adorável Garoto”, de Nicky Silver; “Não Somos amigas”, de Michelle Ferreira; "Lady Christiny”, baseado em documentário homônimo; “Talk Radio", de Eric Bogosian. Também dirigiu shows, como o de estreia da turnê do disco “Momentos que marcam demais”, de Sandra de Sá; e do lançamento da Banda Swing Tribo. Maria Maya já atuou como diretora assistente na televisão (“Malhação“ e a série “Sitio do Pica-Pau Amarelo“, ambas na TV Globo) e no cinema (o curta “Angústia” de Hsu Chien).
CACAU HYGINO - autor
Em 1992, fez sua estreia profissional como ator no teatro. É autor das peças “Herivelto Como Conheci”, com Marília Pêra; “100 Dicas Para Arranjar Namorado”, com Daniele Valente; “Liza, Lisa e eu”, com Simone Gutierrez; e “Deu a Louca Na Branca”, com Cacau Protasio.
Teve publicados seus livros “Mulheres Fora de Cena” (Ed. Globo/2005), “Nós e Nossos Cães” (Ed. Globo/2006), “Virna – A Trajetória De Uma Guerreira” (Casa da Palavra/2007), “Fofoca” (Espassum Editora/2008), “Herivelto Como Conheci” (Espassum Editora/2011) e “Nathalia Timberg – Momentos” (MBooks/2014). Lançou ainda a fotobiografia da atriz Irene Ravache - “Simples Assim, Irene”. E está prevista para 2018 a publicação da biografia de Zezé Motta.
Na TV, fez parte do elenco fixo de “Negócio da China”, “SOS Emergência” e “Insensato Coração”, além de participações em telenovelas e séries como “Cara ou Coroa”, “América”, “Paraíso Tropical”, “Sete Pecados”, “Caminho das Índias”, “Dercy de Verdade” e “Os Homens São de Marte”. No cinema, estará ao lado de Fabiana Karla na comédia “Lucicreide Vai Pra Marte”, da Globofilmes, com direção de Rodrigo Cesar.
WB PRODUÇÕES
Bruna Dornellas e Wesley Telles – Diretores de Produção
Há mais de 11 anos em atividade, a WB Produções, idealizada por Wesley Telles e Bruna Dornellas, é uma empresa consolidada no mercado cultural. Em seu portfólio, tem mais de 300 espetáculos apresentados em mais de 500 sessões realizadas, com média de 350 mil espectadores. A produtora já excursionou e fez temporadas com o espetáculo “E o Vento Vai Levando Tudo Embora”, escrita e dirigida por Regiana Antonini; “Deu a Louca na Branca”, com a atriz Cacau Protásio e “O Último Capítulo”, com Mariana Xavier e Paulo Mathias Jr. Além disso, está em processo de montagem e captação dos espetáculos “O Dia Seguinte”, de Regiana Antonini, inspirado na obra de Luis Fernando Veríssimo; e “Misery – Louca Obsessão”, baseado na obra de Stephen King, dentre outros.
SERVIÇO
Teatro Faap - Rua Alagoas, 903 – Prédio 1 – Higienópolis.
18 de janeiro a 10 de março.
Horários: sextas e sábados às 21h e domingos às 18h
Preço: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia)
Vendas: Bilheteria do Teatro ou pela internet no site faap.br/teatro
Funcionamento da Bilheteria: quarta a sábado das 14h às 20h e domingo das 14h às 17h. Informações: (11) 3662-7233.
Capacidade: 476 poltronas (09 cadeirantes).
Duração: 50 minutos.
Gênero: Documentário Cênico.
Acessibilidade: aos domingos, intérprete de libras.
Estacionamento no local