O Grupo Sistema Educacional Brasileiro (SEB) lançou, nesta terça-feira (04/09), em São Paulo, mais uma rede de escolas, a Luminova, que cobrará mensalidades a partir de R$ 470,00 e terá a língua inglesa e o esporte como destaques no ensino. O objetivo, segundo a apresentação, é que o aluno seja capaz de comunicar no segundo idioma e praticar atividades esportivas já dentro da sua mensalidade.
A escola faz parte de um nicho de mercado ainda pouco atendido por grandes empresas de educação básica no país, num momento em que muitas concentram esforços em uma faixa de renda mais alta.
De acordo com Thalita Zaher, diretora-executiva, a companhia vai abrir quatro unidades da Luminova no próximo ano, sendo três na região da Grande São Paulo e uma no interior do Estado, com cada escola tendo entre 3 mil e 4 mil alunos. “Nós decidimos começar por São Paulo porque é onde tem muita demanda, mas esse modelo será expandido para vários Estados. Nos próximos cinco anos, serão mais 25 escolas, sendo dois mil empregos diretos e 25 mil alunos. Os imóveis serão alugados e o investimento previsto é de R$ 50 milhões", explicou a executiva.
Zacarias Pagnanelli, Thalita Zaher e Rafale Perri |
De acordo com Rafael Perri, Diretor Executivo do Grupo SEB, o aluno é o centro do processo de todo o caminho. "Na Luminova, dividimos em três ciclos, fase da alfabetização e letramento; segundo concretizar a alfabetização e o terceiro que é preparar o aluno(a) para o vestibular e assim perdurar todo esse processo", completou Perri.
Eduardo Minari, gerente de expansão e operações durante entrevista |
A Luminova será uma das frentes de crescimento orgânico da SEB, que ainda tem planos de ampliar o número de escolas Pueri Domus, focadas em público de poder aquisitivo maior e com quatro unidades atualmente em São Paulo, e levar a escola bilíngue “super premium” Concept para o Rio de Janeiro. A companhia também pretende investir na Conexia, a empresa de soluções educacionais do grupo.
Aquisições continuam no radar da companhia, afirmou o presidente da SEB, ponderando, porém, que dificilmente acordos serão anunciados antes das eleições presidenciais de outubro. De acordo com ele, os ativos de educação básica se valorizaram desde que a Kroton Educacional anunciou a compra da Somos Educação por 4,6 bilhões de reais no fim de abril.
“Esse movimento que a Kroton fez deu uma bagunçada no setor porque o pessoal começou a supervalorizar demais os ativos. Estamos dando um tempo para que o mercado se acomode, mas não deixei esses planos de lado”, disse Chaim Zaher, presidente do Grupo SEB.
Thalita Zaher e Chaim Zaher |
A abertura de capital ainda é uma alternativa estudada pela empresa, mas só deve ser levada adiante quando se dissiparem as turbulências no cenário doméstico. “Não é o momento...2019 será ainda tumultuado, mas pode ser que 2020 seja um bom ano para isso”, comentou o presidente do SEB.
Mais informações: https://escolaluminova.com.br/saibamais/luminova/agendamento-visita
Chaim Zaher, presidente do Grupo SEB |
Chaim Zaher
Nascido no Líbano, Chaim Zaher veio para o Brasil com 7 anos. Há décadas, se destaca como um dos principais investidores privados em educação no Brasil. Foi dono da rede COC de cursinhos e vendeu para a britânica Pearson por R$ 888 milhões em 2010. Até agosto último, era o maior acionista da Universidade Estácio. Como a fusão com a Kroton não foi aprovada pelo Cade, ele vendeu sua participação por R$ 430 milhões. Agora, foca o ensino fundamental e médio. Além disso, no início do ano, investiu R$ 160 milhões para ser o master franqueado da empresa canadense Maple Bear de ensino de inglês no Brasil e na América do Sul. Atualmente, o Grupo SEB tem 60 mil alunos próprios e entre 80 mil e 100 mil de instituições parceiras como a Maple Bear e o Pueri Domus. As projeções são de que vai fechar este ano com faturamento superior a R$ 700 milhões.