Depois de uma bela 4ª etapa em junho, quando obteve ótimos resultados, o paulista Victor Miranda (Medabil | Cimax | Sanhidrel | We Care Auto | Terram | Anglo | Olhadela | Alma Lavada) partiu para mais um compromisso na Fórmula Júnior bastante otimista. Afinal, com um carro muito bom, estável e bem acertado pela equipe Nafta Motorsport e motores revisados, a expectativa era a melhor possível para a disputa da 5ª rodada, realizada no último final de semana em Santa Cruz do Sul (RS).
Porém, o automobilismo é um esporte que surpreende a cada momento.
Na sexta-feira, primeiro dia de atividades na pista gaúcha, tudo correu bem para Victor Miranda, que tinha na mão um carro bem ajustado e ‘virava’ tempos excelentes. "Nem cheguei a forçar uma condição extrema de pilotagem, tudo estava muito tranquilo", lembra Miranda. A noite de sexta-feira serviu para que a equipe revisasse o carro mais uma vez para o sábado.
O primeiro treino de sábado foi uma repetição da sexta-feira, mas no início da tarde tudo começou a ficar diferente. O carro escorregava cada vez mais, o motor começava a perder desempenho e os treinos terminavam com tempos ruins, muito aquém do obtido no dia anterior. No terceiro treino, depois de uma revisão completa, Victor Miranda baixou seu tempo, mas em uma ‘tocada’ muito acima das condições do carro. Na última saída para a pista um dos pneus destalonou e o piloto, depois de controlar bem o carro no final da reta, a 190 km/h, conseguiu ‘estacionar’ o carro na grama, sem avarias sérias.
"A Nafta Motorsport fez um belo trabalho e, sempre ávida por melhorar, recuperou o carro, trocou os pneus e, embora não tivesse havido por parte dos responsáveis pelo motor a identificação de algum problema, encontramos dois cabos de vela partidos", relembra Helio Miranda, pai de Victor. Ainda com um carro ruim, que escorregava muito, e com um motor de baixo desempenho, mas com pista fria - especialidade do piloto -, Miranda superou os problemas para garantir o 3º lugar no grid de largada da primeira bateria.
No domingo, a primeira corrida foi até certo ponto monótona, com carros com desempenhos diferentes entre si. Mesmo tentando lutar por posições de ponta no início, Miranda acabou a prova em 4º, com visível perda de desempenho e tração no carro. Na segunda prova do dia, com claro desgaste e perda de potência nítida, Victor Miranda cruzou a linha de chegada em 5º, com o motor em três cilindros.
"Fora o aprendizado, afinal se aprende muito mais nas horas ruins, o final de semana foi para esquecer. Queríamos repetir o bom desempenho da etapa anterior para recuperarmos alguns pontos perdidos em três quebras, mas não foi desta vez", lamenta Victor Miranda (Medabil | Cimax | Sanhidrel | We Care Auto | Terram | Anglo | Olhadela | Alma Lavada).
"Nossa equipe, comandada pelo ‘Paulista’ fez todo o possível para viabilizar uma participação mais competitiva do Victor, mas acredito que tenha faltado um respaldo maior na identificação dos problemas técnicos do motor", finaliza Helio Miranda.