O Departamento de Cultura e Eventos da OAB/SP, juntamente com a Comissão de Direito Médico da OAB/SP, realizou na última quinta-feira (7), no Salão Nobre da OAB SP em sua sede na Praça da Sé, evento sobre “Temas de Direito Médico: direito regulatório aplicado à saúde e prontuário médico”.
As palestras foram ministradas pelos membros da comissão, Dr. Cléber Henrique Fernandes, advogado, enfermeiro e especialista em Direito Médico e da Saúde e em Enfermagem Cardiovascular, e Dr. Rodrigo Costa Aloe, advogado, médico cirurgião plástico pela Unifesp e especialista em Medicina Legal e Perícias Médicas.
Dr. Rodrigo Costa Aloe, Dr. Silvio Valente (Presidente da Comissão de Direito Médico), Dra. Tânia Sassone (Vice- Presidente), Dr. Airton Gomes (secretário) e Dr. Cléber Henrique Fernandes |
Foto: Patrícia Fernandes |
Dr. Rodrigo Costa Aloe, Dr. Silvio Valente (Presidente da Comissão de Direito Médico), Dra. Tânia Sassone (Vice- Presidente), Dr. Airton Gomes (secretário) e Dr. Cléber Henrique Fernandes
(Foto: Arquivo Pessoal)
Os temas abordados foram;
- Direito Regulatório da Saúde, ministrado por Dr. Cléber Henrique Fernandes, que ressaltou; “Apesar da verificação de algum esforço por parte de ANVISA com a edição da RDC n° 153, de 26 de abril de 2017, que dispõe sobre a Classificação do Grau de Risco para as atividades econômicas sujeitas à vigilância sanitária, para fins de licenciamento, estabelece que deve se ter o sistema integrado eliminando a duplicidade de exigências.
Esperamos que, com as novas edições e regulamentações dos órgãos regulatórios, o processo de licenciamento de estabelecimentos de saúde se torne mais célere e traga a efetiva segurança pretendida para a comunidade, pacientes e profissionais”.
- Prontuário Médico, ministrado por Dr. Rodrigo Costa Aloe, que discorreu sobre a importância do prontuário médico como um valioso elemento no tratamento de pacientes e como principal documento constituinte de provas judiciais, podendo-se provar que os cuidados médicos aplicados ao paciente foram adequados ou não, possuindo caráter sigiloso e científico. Nele, todas as informações contidas são vitais para o acompanhamento de cada caso clínico.
Assim, em casos de registros omitidos ou irregulares, o médico pode perder a possibilidade de comprovação de seus atos. Nesse caso, as alegações do paciente passam a ter mais validade judicial que a memória do médico. A falta ou a insuficiência dos registros podem ser substituídas por prova testemunhal ou pericial.
A Comissão de Direito Médico da OAB/SP, ressalta a importância dos estudos nessa área que vêm evoluindo bastante, principalmente conforme as demandas vêm crescendo e requerendo posicionamentos claros por parte do Poder Judiciário.
Apesar de estarem surgindo soluções, estamos vivendo, no dia a dia, desafios constantes já que tanto a área jurídica como a área médica vivem em constante mutação, fazendo com que haja a necessidade de continuo processo de integração entre gestores, médicos, advogados, magistrados, universidades e pacientes.