Três policiais militares foram filmados agredindo alunos da Escola Estadual Imperatriz Leopoldina, na Vila Maria, zona norte de São Paulo, na noite da última quinta-feira (8). Os vídeos, gravados pelos alunos, foram postados nas redes sociais.
Dois alunos envolvidos na confusão contaram que, por volta das 20h, um grupo de alunos foi flagrado fumando maconha nas dependências da escola e foi advertido pela administração do colégio. Como os alunos não atenderam ao pedido, a polícia foi chamada.
Segundo eles, os policiais entraram no colégio e iniciaram a revista ao grupo, mas se irritaram com uma outra aluna que começou a gravar a abordagem com um celular. Os policiais teriam tentado tirar o telefone das mãos da garota.
Em seguida, o policial aplica uma "gravata" na aluna. Enquanto ela era imobilizada, uma mulher tentava tirar a menina dos braços do agente. Outros alunos tentaram livrar a jovem, mas um dos agentes chega a utilizar a arma para intimidá-los.
Outro lado
A PM se posicionou afirmando que recebeu um chamado da coordenação do colégio, para averiguar alunos da Escola Estadual Imperatriz Leopoldina e que, ao chegarem, começaram a abordagem com uma aluna, quando cerca de 20 alunos começaram a tentar desvencilhar a colega. Depois disso, segundo a pasta, a confusão começou e, durante a discussão, os estudantes teriam pego a chave da viatura policial utilizada. Três alunos foram levados ao 20º DP (Água Fria).
Procurada, a escola não confirmou o ocorrido. A Secretaria de Educção informou em nota que "a Diretoria Regional de Ensino Leste da capital lamenta o caso envolvendo alunos da Escola Estadual Imperatriz Leopoldina." Além disso a pasta diz que "os envolvidos são maiores de idade" e que "foi registrado boletim de ocorrência e a investigação será conduzida pela Polícia Civil."
Questionada, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que a Polícia Militar "apura os procedimentos adotados pelos policiais durante ocorrência". O texto diz, ainda, que quatro alunos, maiores de idade, foram conduzidos ao 20° DP (Água Fria), onde foram ouvidos e liberados após assinarem o termo circunstanciado de lesão corporal e resistência, encaminhado ao Jecrim (Juizado Especial Criminal).
Fonte: R7