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O trabalho dos Gêmeos já ultrapassou as barreiras do grafite nas ruas. Mas nem por isso eles deixaram de pintar muros durante as manifestações de rua que cobriram o País, além de declarar que preferem pintar política, e não, falar. Hoje, a chamada arte urbana produzida pelos irmãos está presente em museus de diversos países como Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Grécia, Cuba, Lituânia, entre outros.
A conversa com Maria Cristina Poli aconteceu no ateliê dos artistas, no bairro do Cambuci, em São Paulo, local onde passaram a infância e descobriram o grafite. Flávio e Gustavo contam que a sensibilidade dos pais foi fundamental, pois desde muito cedo eles perceberam o talento dos filhos e os incentivaram.
Os Gêmeos falam sobre o processo de criação e da sintonia finíssima que os une na vida e no trabalho. Como duas cabeças de alma única, como eles mesmos se definem, Flávio e Gustavo deixam evidente essa afinidade siamesa quando um deles começa a frase e o outro termina.
