Por Cau Marques
Boa semana amigos da música! Sempre que pensamos em uma gravadora ou em um selo, já imaginamos um sucesso de grande escala. Talvez por que o grande “romance” das histórias das bandas até meados dos anos 90 nos passasse essa ideia. Quando assistimos alguns clássicos do cinema como: The Wonders, La Bamba, Rock Star, Quase famosos entre outros, a mensagem que ficava nas nossas mentes era a de que tudo daria certo se uma grande gravadora abraçasse o trabalho... Mas os tempos agora são outros.
Depois de mais de 60 anos de plenitude e grande sucesso, as gravadoras já não são mais as gigantes de outrora. Muita gente já até torcia por isso, para a quebra do monopólio e do cartel milionário que se formou, mas uma nova “máquina” se instaurou.
Essa máquina começou a existir pela total ausência de investimentos por parte das gravadoras e selos, limitando se somente em emprestar um grande nome e em alguns casos ajudar na distribuição. Porém os grandes investimentos se foram. Quando investiam no fonograma, geralmente detinham os direitos conexos (que existem em alguns países) por 20 anos.
O consumo voraz do produto gerou lucros astronômicos e tornou a indústria fonográfica em bilionária por muitos anos consecutivos.
Os Artistas campeões de venda das grandes gravadoras acabavam muitas vezes opinando e engavetando muita gente e isso teve consequências catastróficas que refletiram nos dias de hoje. Alguns artistas cansados de não conseguirem o seus lugares ao sol acabaram por se utilizar da tecnologia e das novas mídias sociais para darem o seu grito de independência. Fazer parte de uma grande gravadora hoje em dia já não é sinônimo de sucesso e quiçá de ser conhecido.
Ficam os selos também, junto com as gigantes do mundo fonográfico, aguardando o investimento individual dos artistas e do seu próprio grupo de empresários, diminuindo assim drasticamente o investimento, mas ainda com grande participação no lucro final.
Os lançamentos independentes e os novos selos tinham tudo para dar certo e serem o novo horizonte, mas o excesso de liberdade trouxe consigo uma leva de produtos ruins e de baixa qualidade profissional. Mas como sempre digo, ainda existem muitas alternativas e portas de entrada para a arte de boa qualidade e para ela sempre haverá público também, não importa se ela vem de uma gravadora, selo ou independente o que sempre importará no final é a música!