Por Cau Marques
Boa semana amigos da música! Esta semana foi marcada pela maior premiação musical do planeta... o Grammy Awards 2016.
Mesmo com a crise mundial da indústria fonográfica, este evento milionário, sua organização e suas premiações, se mantêm como um ótimo exemplo de profissionalismo e qualidade da música internacional.
No Universo de palavras que circulam pelas redes e bocas mundo afora, sem sombra de dúvidas, a “diversidade” figura entre as mais escritas e, é usada nos mais diferentes e variados assuntos imagináveis, porém em relação à estilos musicais , ela anda meio esquecida por aqui. Já na festa do 58º prêmio de música, o que se pôde ver foi exatamente o oposto. Categorias como: Pop, Reggae, Rap, Country, R&B, Eletrônica, Jazz, Rock entre outros descendentes destes mesmos, ainda são respeitados e exaltados exatamente pelas suas diferenças.
Vencedores como Mark Ronson ft. Bruno Mars e Ed Sheeran, são apenas dois grandes exemplos de qualidade musical que foram reconhecidos e premiados por lá.
Enquanto os brasileiros adquiriram a mania de “pasteurizar” e fundir milhares de estilos em um único aglomerado ao qual chamam de SERTANEJO, pudemos ver a “outrora” Country Singer Taylor Swift, ganhar o melhor álbum do ano com o seu “1989”, nada de Country mas tudo de música...sem rótulos e sem surpresa.
Não foi para se surpreender também a monstruosa e impecável apresentação de Lady Gaga com sua homenagem a David Bowie nem tampouco a incomparável voz de Adele, até com alguns semitons. Até aí nada de inédito! Porém a premiação como a do Cantor Country Solo para Chris Stapleton, foi uma grata surpresa. A obra de muito bom gosto deste artista, que resgata uma agradável influência de Blues na Country Music , já tinha sido apresentada para mim há alguns meses pelo meu grande amigo Pedro Henrique que além de cantor , amante de boa música e compositor de vários sucessos do sertanejo atual como “Colo-Colo” , “Chega junto e beija” , previu este sucesso.
De uma maneira geral, exatamente quando o R&B parecia ter esmagado todos os outros estilos por lá nos “States” também, a premiação deste ano veio colocar uma luz na variedade de gostos e estilos com profissionalismo inquestionável.
Sobrou para nós a sensação de que ainda há muita lição de casa pra fazer em relação à pluralidade com qualidade no nosso Brasil, mas ainda bem que temos muitos bons exemplos a seguir e um deles certamente é esta última edição do Grammy.