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Padrasto do menino Pedrinho morto em 2008 em Ribeirão Preto é preso após decisão do STF

19 de Fevereiro de 2016
Na manhã desta sexta-feira (19/02), a Polícia Civil prendeu, em Ribeirão Preto, Juliano Gunello, o padrasto do menino Pedro Henrique Marques Rodrigues, o Pedrinho, morto em 12 de junho de 2008. Ele foi levado ao IML para exame de corpo delito e depois levado para a Cadeia de Santa Rosa de Viterbo.
 
Juliano Gunello, padrasto do menino Pedrinho
 
O Padrasto e Kátia Marques, mãe do menino, foram condenados em segunda instância pelo crime de tortura, mas permaneceram em liberdade. O pedido da prisão partiu do Ministério Público com base em recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de autorizar que condenados em segunda instância sejam detidos. 
 
Para o promotor José Roberto Marques, responsável pelo caso desde o início, a prisão do padrastro foi uma vitória da justiça. "Agora esperamos que a mãe também seja presa", ressalta o promotor. 
 
Marques destacou também a importância da delegada Maria Beatriz Cardozo Vergueiro de Moura Campos. "Ela foi fundamental na investigação. Fez um trabalho brilhante com sua equipe, assim como os peritos do IML".
 
José Roberto Marques durante entrevista para o Balanço Geral SP, comandado pelo apresentador Rodrigo Pagliani
Foto: Godi Júnior
 
Quem também teve uma parcela importante nesses últimos dias que antecederam a prisão do padrastro foi Sandra Domingues, fundadora da ONG Justiça É o Que Se Busca. Ela mandou um e-mail ao Centro de Apoio em São Paulo, com cópia para o promotor do caso, pedindo para voltarem ao assunto, já que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de autorizar que condenados em segunda instância sejam detidos, dessa maneira, tanto o padrasto como a mãe de Pedrinho poderiam ser presos. 
 
Entenda o caso: 
 
Dia 12 de junho de 2008. Pedrinho, cinco anos de idade – nascido em 13 de fevereiro de 2003 – foi levado ao hospital Santa Lydia. em Ribeirão Preto, interior do Estado de São Paulo, por sua mãe, Katia Marques, que afirmava ter o menino ingerido um produto que tira mancha de roupas, Semorin. O menino apresentava parada cardiorespiratória e não resistiu. No entanto, o laudo apresentou outras circunstâncias para o óbito do menino.
 
Pedrinho tinha hematomas por todo o corpo, possivelmente causadas por pancadas ou tombos, duas fraturas no punho direito, além de fraturas em ossos longos, o que causou embolia gordurosa (segundo os médicos, esse tipo de fratura libera células gordurosas que entram na corrente sanguínea, se misturando à medula óssea e seguem para os pulmões... os vasos capilares são obstruídos causando a embolia).
 
Para os peritos, o menino teria sido chacoalhado e, durante a ação, quebrou o punho... essa fratura teria acontecido no dia da morte. Os hematomas foram causados em dias anteriores. Imediatamente foram considerados suspeitos a mãe e o padrasto, Juliano Gunello.
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