Cultura - Música

Gosto adquirido, criado, copiado, pessoal e intransferível!

12 de Novembro de 2015

Por Cau Marques

 

Boa semana amigos da música! Todos nós somos grandes mosaicos de conhecimentos adquiridos ao longo das nossas vidas. Livros que guardamos páginas e diálogos na memória, cenas de filmes ficam impressas em nossas mentes. Querendo ou não, armazenamos coisas das quais gostamos ou odiamos e arquivamos até o que é irrelevante.

Quando vamos fazer uma prova vestibular, usamos muito do conhecimento adquirido desde os primeiros dias de aula até nos formarmos. Mas na música, mais uma vez tudo é diferente!

A música não é uma ciência exata e, apesar de ser composta de um somatório de divisões e subdivisões de tempo em um determinado intervalo de pulsos e notas em escalas acontecendo simultaneamente, o seu resultado não é uma equação e sim sentimento.

Muitas vezes somos pegos de surpresa cantarolando em pensamento músicas que detestamos, mas que ficam martelando na cabeça como uma “praga”. Outras vezes nos vemos gostando de uma música, simplesmente porque nosso grupo de amigos ou alguém muito próximo gosta daquela melodia. Existe também o caso da “modinha”, e acabamos por ouvir coisas que, talvez por vontade própria, nunca escutaríamos sozinhos.

Ninguém pode dizer que gosta de 100 músicas sem que no meio delas exista pelo menos 30 que foram induzidas pelo gosto alheio ou por um determinado momento na vida.

Enfim, no meu modo de ver, a música não pertence a nenhuma tribo ou rótulo, mas sim ao coração de cada pessoa.  Não adianta ficarmos tentando achar culpados por ouvirmos uma música que não gostamos. Somente ouvimos aquilo que gostamos e, se porventura propagamos alguma música que não gostamos, simplesmente por acharmos que é engraçada ou por ser algo da moda, devemos saber que somos os responsáveis diretos por determinada música que julgamos “ruim”, chegar a mais ouvidos do que deveria.

   Vamos admitir, gostamos de criar nosso “Set List” e achamos que ele é exclusivo, mas no final vemos que ele sempre é muito parecido com o de outras pessoas das quais menos esperamos. Copiado, criado ou não, o que vale é ouvir o que gostamos e sermos quem realmente queremos... isto sim será a verdade mais prazerosa de se ouvir e viver!

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