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Comitê de Gestão da Crise Hídrica se reúne e adota medidas emergenciais para conter a falta de água

20 de Outubro de 2015

Dois novos poços entrarão em funcionamento. A obra de expansão da rede, na rua Comendador João Maricato, será feita em dois turnos, para conferir agilidade. Outro caminhão com água potável, emprestado pela Usina Santa Adélia, já está nas ruas abastecendo as residências das pessoas que sofrem com a falta de água. Dois outros caminhões, cedidos pela Unesp, completam a força tarefa a partir de amanhã, além dos dois caminhões do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Jaboticabal (Saaej) que já estão nos bairros atendendo à demanda dos moradores. Estas foram algumas das ações emergenciais que o Comitê de Gestão da Crise Hídrica determinou na manhã de hoje, em sua primeira reunião.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O prefeito Raul Girio deixou claro para o Comitê que não quer ações de médio e longo prazos e garantiu que vai usar todos os esforços financeiros para atender as medidas determinadas por esta equipe composta por secretários, técnicos e presidente do Saaej, vereadores e diretores de departamento. "Montamos este Comitê justamente para apresentar à comunidade soluções imediatas. Sei muito bem a gravidade de uma família ficar sem água. Visitei várias delas e é impossível não se sensibilizar. Não estou poupando esforços para resolver este problema que afeta tantas cidades da nossa região e de outros estados da região Sudeste, por conta da estiagem e do aumento do consumo gerado pela onda de calor provocada pelo fenômeno El Niño", comento Raul Girio.

Ele destaca que além da estiagem e do aumento de 40% no consumo, a situação chegou a tal ponto por conta da falta de investimento no Saaej, que foi descapitalizado com o passar dos anos, principalmente após adotar a gestão dos resíduos sólidos. "Pegamos o Saaej em uma situação complicada, mas não pensamos em vendê-lo. Privatizar a água seria uma solução fácil para a administração, mas não seria justo com a população porque o valor da conta sobe muito e a administração do lixo voltaria para a Prefeitura", explica o prefeito, lembrando ainda que a aprovação indevida de loteamentos nada sustentáveis colaborou para a situação de crise que afeta o município . "Nossa administração é progressista e que ver a cidade crescer, mas de forma sustentável. Na nossa gestão foi criada uma comissão que avalia as construções de loteamentos. Eles não podem ser construídos à revelia, sem o devido planejamento. Precisam da avaliação de vários técnicos desta comissão para serem aprovados", ressaltou Raul Girio.

O presidente do Comitê e também da autarquia, José Augusto Fagundes Gouvêa, tem a mesma opinião do prefeito e ratifica o conceito de que privatizar o Saaej seria uma maneira de sobretaxar a população. "Temos condições de evitar isto e restaurar a saúde financeira do Saaej desde que seja aprovada a taxa do lixo. Qualquer empresa que comprar a autarquia não vai ficar com a gestão do lixo. Vai subir o valor da conta de água e esgoto e o munícipe ainda terá que pagar a taxa do lixo. Não é justo", diz Gouvêa.

Ele agradeceu a presença de todos e disse que entre as soluções apontadas pelos membros do Comitê, a ativação de novos poços é emergencial. Gouvê garante que mesmo com uma vazão baixa em relação a outros poços, o poço do Morada Nova vai ajudar a atenuar a situação. "O do Distrito Industrial, que tem uma vazão estimada de 35 mil litros por hora, também será útil para abastecer o reservatório da Cohab I e poderá ser feito um desvio para atender outros bairros mais altos. Nossos funcionários estão trabalhando muito para atender a população que necessita e aproveitamos para pedir às pessoas que não enfrentam o problema que não desperdicem água porque o aumento do consumo nos bairros mais baixos está prejudicando a pressão da água para os bairros mais altos", informou Gouvêa.

O Comitê estuda, ainda, a possibilidade de multar quem for pego desperdiçando água, a exemplo do que é feito em várias cidades. "Temos muitas pessoas conscientes da necessidade de usar racionalmente a água, mas é surpreendente o número de pessoas que ainda não se concientizou e que lava carros, calçadas, enche piscinas no nível máximo e chega a lavar quintal mais de duas vezes por dia. Este uso excessivo está prejudicando o abastecimento em locais mais altos. Há quem argumente que paga a conta e tem direito de usar a quantidade de água que quiser, mas este é um bem de todos e as famílias que hoje passam por esta situação difícil também pagam suas contas em dia. Pode chegar uma hora em que se tenha o dinheiro, mas não se tenha mais a água", alertou o presidente do Saaej.

 

MEMBROS DO COMITÊ DE GESTÃO DA CRISE HÍDRICA

 

José Augusto Fagundes Gouvêa – presidente do Comitê e do Saaej

Adriana Trinca – diretora do Saaej e secretária do Comitê

Carlos Fenerich – engenheiro do Saaej

Aparecido Hojaij (Pelão) - analista de Saneamento Ambiental do Saaej

Laudicéia Giacometti – química do Saaej

Flávio Palamite – diretor técnico do Saaej

Lúcia Lebre – advogada do Saaej

Mirella Senô – secretária de Negócios Jurídicos

José Paulo Lacativa Filho – secretário de Governo

André Nozaki – secretário de Planejamento

Elivaine Almeida Silva – secretária da Fazenda

Vergílio Greggio – secretário de Obras e Serviços Públicos

Sérgio Nakagi – secretário de Indústria e Comércio e de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente

Renata Massafera – diretora de Comunicação

Maria Carlota Niero Rocha – vereadora

Luiz Augusto do Amaral (professor Amaral) - vereador 

 

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