Por Cau Marques
Boa semana amigos da música! É recorrente a conversa nos bastidores sobre o como se lançar corretamente um artista e sua música. Mais comum ainda é o questionamento sobre quais “meios” estão sendo utilizados para expor a música e clipe, e fazer isto marcar o nome do intérprete.
Infelizmente, o que se pode ver é que a grande maioria dos artistas independentes está fadada a não conseguir êxito se não ingressar em alguns poucos e seletos grupos de escritórios de vendas de shows, produtoras e empresários.
Se o termo Cooperativa fosse real, talvez começássemos a vislumbrar alguma esperança para tantos artistas competentes que tentam mostrar seus trabalhos nos palcos da vida, na esperança de aparecer um “olheiro” de alguém que possa viabilizar a subida do artista ou banda rumo à um trabalho de abrangência nacional com suporte, custeio e todo um projeto sério necessário feito para se preparar um artista para algo tão grande.
O grande pesar é que, para entrar na cooperativa, são cobrados valores muitas vezes exorbitantes que serão determinantes e diretamente proporcionais para se saber em qual posição o cooperativado estará.
Modelos que viram cantores da noite para o dia, jogadores que viram músicos, filhos de grandes empresários que decidem se transformar em artistas são clientes sempre muito bem-vindos nestas cooperativas que, financiadas por generosas quantias em dinheiro para se associar a algum escritório que tenha renome, passam a ser vistos e conhecidos na mídia como se tivessem “nascido pra isso”.
Muitas vezes, esta quantia a ser investida pode ser substituída por um bom conhecimento e influência ou por algum contrato leonino. O que importa é que nenhuma das alternativas traz para o grande público, artistas reais, mas alguns ídolos temporários sem qualidade, construídos para enriquecer os diretores da cooperativa.
Será que sou eu quem está enganado ou isso parece algo muito comum aqui no nosso lindo país? Pagar por influência, propinar e superfaturar já parecem palavras mais comuns do que oi e tchau.
Não importa que me digam: Ah, isso é assim mesmo... sempre foi! Agora pode estar mais escancarado, mas sempre foi e sempre será assim... Eu continuo achando que formar cartel é errado e que quem perde com isto somos todos nós, que temos cada vez em maior abundância música de qualidade ruim, artistas medíocres e textos pobres e chulos fazendo parte das composições.
Ainda continuo acreditando que deve haver algum olheiro sério por aí, que busque TALENTO e não números! A cultura e a idoneidade agradecem....