Por Cau Marques
Boa semana amigos da música! A grande coqueluche do momento são os programas de competição musical. Cadeiras virando, telões subindo, porcentagens de votações na tela, júris, julgadores e um grande “circo” armado para mostrar para o país novos cantores, cantoras e bandas que, quando vencedores, são promessas de serem novos ídolos da mídia.
Processo de seleção é algo natural e muito positivo quando usado da maneira correta. Realmente, tem muita gente que não está preparado para trabalhar na área musical e uma triagem se faz necessária, mas este não é o caso dos reality shows de sucesso em emissoras do mundo inteiro.
Cantores de sucesso se colocam em posição de julgadores para determinarem quem canta melhor, qual a melhor técnica ou qual o melhor qualquer coisa, segundo eles próprios. O meu ponto de vista sobre isso é como se alguém colocasse um quadro do Van Gogh, um do Monet e um do Picasso para dentre eles ser escolhido um VENCEDOR. Cada arte e cada artista tem sua própria identidade, e isto é que faz a magia de toda e qualquer arte. A individualidade e a capacidade criadora e de sentimento de cada artista é que constrói e difere também o público que irá se identificar com cada música, cantor ou artista.
O recente caso da Boy Band de sucesso mundial, One Direction reflete bem a ineficiência deste tipo de programa em determinar quem será sucesso. Os garotos desta banda foram eliminados no programa que participaram separadamente. Coube a iniciativa de um bom e grande empresário, unir os reprovados e criar um produto de enorme sucesso.
Várias vezes os telespectadores percebem alguns casos que parecem injustos, onde quem era melhor vai embora, mas isto acontece também por apelo de audiência. Polêmicas sempre aumentam o IBOPE e é uma pena ver bons artistas participarem e se submeterem a isto, mas acaba sendo também uma forma de aparecer para o grande público. Parece meio “maquiavélico”, mas existe uma grande fatia do público que assiste só para ver os bons se darem mal e torcem para ficar nas finais quem tem a história de vida mais dura, ou algo que comova, não com a música, mas com algum fato triste e sensasionalista. Quem realmente se dá bem com os Realities são as emissoras que os transmitem.... os vencedores e os perdedores são o de menos, pois na próxima edição existirão outros milhares de candidatos dispostos.
Eu continuo achando que música não é esporte, não existe um vencedor e um perdedor. A beleza da música é que ela encontra seu público. Não existe nenhuma música ou arte que agrade a 100% das pessoas, mas existe as que agradam quem se identifica com ela em 100%.
Continuo aqui na minha humilde torcida para que sempre a música e o público ganhem e, que a qualidade possa sempre melhorar!!!