Por Cau Marques
Mais uma semana maravilhosa para todos os amigos da música! Aproveitando o ensejo das comemorações dos 60 anos da mais conhecida festa de peão do Brasil e talvez do mundo, a Festa de Peão de Barretos, vamos de carona nesse balanço que agita o roteiro nacional dos grandes eventos.
Enquanto alguns ambientalistas discutem a defesa e a proteção dos animais envolvidos num rodeio e suas modalidades, eu continuo pensando na parte musical, é lógico!!!! Depois de uns bons 10 anos sem vir ao Brasil e depois de terem trazido outro ícone da música Country americana, o cantor Allan Jackson, Barretos terá a presença do maior vendedor de discos da história da “Country music”, Garth Brooks!
É uma alegria poder ver um cantor deste calibre nos palcos do Barretão! Talvez por estarem comemorando as 60 primaveras, os organizadores escolheram uma programação de primeira linha. Não querendo discutir qualidade, apenas acho fora de contexto alguns shows de axé, funk, samba e pagode num evento como este. Se a tradição é de que seja uma evento de Sertanejo e Country music , por ser inspirado 100% nas festas dos EUA, alguns estilos musicais, na minha opinião ficam parecendo forçados pela mídia , por contratantes e grandes escritórios para figurarem numa festa onde a temática não tem nada a ver com eles.
Seria também muito estranho chegar no meio do carnaval da Bahia e ter um Trio elétrico tocando 6 horas de sertanejo ou ainda, ir num “pancadão do Rio de Janeiro e só ouvir moda de viola. Não sei se eu que estou louco, mas não parece algo totalmente non sense?
Nosso país tem um mosaico de estilos musicais e isto é perfeitamente saudável por estarmos numa pátria de dimensões continentais, mas continuo achando que quando se denomina um evento com o nome de um estilo musical, como é o caso do Rock in Rio, espera-se minimamente que os artistas tenham pelo menos algo a ver com o nome.
Não sei pra vocês, mas para mim, isso quebra e muito o efeito de um festa temática. Festa de cidade, Festival de música e outros inúmeros eventos podem ter o artista a música e o som que quiserem, mas numa festa onde o público vai de chapéu, bota vestido a caráter, com barro, boi, cavalo e ouvir pagode ou funk é como ir a Disneylândia e em vez do Mickey, ver a turma do South Park!
Bom, tirando fora esta parte, parabenizo a festa de Barretos por seus 60 anos de duração aqui nesse país, onde é tão difícil se manter qualquer coisa séria por mais de uma década! Parabéns também por estarem trazendo neste ano, artistas do mesmo nível de uma das maiores festas do Mundo, salvo algumas exceções, é claro!