Viver - Saúde

Reprodução Assistida e Bioética ? Metaparentalidade

28 de Novembro de 2013

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Desde o nascimento da primeira criança, fruto de fertilização em laboratório (in vitro), na Inglaterra, em 1978, muito se tem falado sobre os impactos positivos e negativos que a Reprodução Assistida (RA) pode causar no seio familiar e na sociedade.

Resultado de pesquisa de pós-doutorado realizada na Cátedra de Bioética da Universidade Pontifícia de Comillas, em Madri, Espanha,Mário Antonio Sanches, publicou pela Editora Ave-Maria o livro Reprodução Assistida e Bioética – Metaparentalidade.

A obra pretende causar um diálogo interdisciplinar, inter-religioso e inter-cultural na promoção do debate e da análise crítica das posturas assumidas diante dos avanços expressivos da Biologia e das Ciências Médicas quanto à RA e suas implicações médicas acerca da ética relacionada com a intervenção humana sobre a natureza.

No Brasil, os estudos, discussões e legislações sobre o tema ainda estão em fase inicial se comparado com outros países do mundo. Por isso, o autor entende que se precisa incitar uma análise sobre o impacto da RA nas relações humanas, pincipalmente das relações de parentesco. A criação do neologismo “metaparentalidade” suscita isso.

“O termo parentalidade, quando precedido de ‘meta’ (do grego metá = “além de”), metaparentalidade, destaca três elementos que devem ser evidenciados quando abordados a reprodução humana no contexto das novas tecnologias reprodutivas: a mudança de cenário da reprodução – da família para um cenário de ‘além da família’; o fato de a reprodução ser viabilizada pela dinâmica técnico-científica, padronizada por critérios tecnocientíficos internacionais, realizada do mesmo modo em qualquer parte do mundo, “além das” culturas locais; a parentalidade passa a fazer parte da economia de mercado.” Pág. 222

Ao longo do livro, Mário Antonio Sanches relata também os problemas éticos mais sérios levantados pelos atuais métodos de RA, que são: as consequências da desvinculação entre reprodução e sexualidade humana; a produção excessiva de embriões; a seleção e o descarte de embriões; o anonimato de doadores (ou fornecedores) de gametas, na RA heteróloga; o redesenhar das relações familiares; a utilização das técnicas disponíveis como pressões ideológicas sobre casais inférteis; o reforço social da infertilidade como problema. Tudo isso responsável pela notável influência dessas possiblidades sobre o conceito de parentalidade e da família em transformação.

“No âmbito da reprodução humana, o projeto de ser pais – projeto de parentalidade – precisa ser situado no contexto do projeto de vida total das pessoas envolvidas e da vida do casal.” Pág. 40

Discussões do tipo: “os casais têm a prerrogativa da decisão sobre ter ou não ter filhos?” ou “as novas técnicas de reprodução assistida frequentemente contrapõem o desejo puro dos pais de ter filhos ao incontrolável interesse econômico dos médicos, clínicas e companhias?” nos levam à reflexão sobre qual a posição diante desse avanço médico embasado pela tecnologia nas relações humanas.

Reprodução Assistida e Bioética – Metaparentalidade objetiva informar os casais cientificamente, tecnicamente e eticamente para tomada de decisão consciente e livre. Como declarou o Papa Bento XVI no seu discurso de chegada ao Brasil, em 2009:

“A Igreja quer apenas indicar os valores morais de cada situação e formar os cidadão para que possam decidir consciente e livremente”. Pág. 10

Direcionado para todos aqueles que têm um grande fascínio pela Medicina, Reprodução Assistida e Bioética - Metaparentalidade oferece uma visão crítica e profissional sobre os métodos alternativos mais utilizados pelas novas famílias do século XXI. Grande fonte de conhecimento, a obra certamente agradará desde os mais leigos até os profissionais renomados. 

Sobre o autor: Mário Antônio Sanches é Doutor em Teologia pela EST/IEPG (São Leopoldo, RS), com pós-doutorado em Bioética (2011) pela Pontifícia Universidade de Comillas (Madrid). Fez seu mestrado em Antropologia Social pela UFPR e doutorado na área de bioética pelo Instituto Kennedy de Ética na Universidade Georgetown (Washington, DC). É professor titular e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Bioética da PUCPR e líder do Grupo de Pesquisa Teologia e Bioética. É membro ativo nos seguintes órgãos/comitês: Comitê de Ética em Pesquisa; Câmara Técnica de Bioética do CRM/PR, Núcleo de Bioética da Arquidiocese de Curitiba; Sociedade Brasileira de Bioética; Núcleo de Bioética de Curitiba.

Características detalhadas:
Autor: Mário Antonio Sanches

I.S.B.N.: 978-85-276-1456-6

Formato: 14x21cm

Número de Páginas: 296

Preço: R$ 37,90

Ano: 2013

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