Viver - Saúde

2.2 bilhões de pessoas convivem com alguma forma de deficiência visual, aponta OMS

30 de Março de 2022

O último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 2.2 bilhões de pessoas ao redor do mundo convivem com deficiências visuais, ou seja, têm baixa visão ou cegueira. O levantamento também aponta que, destes casos, pelo menos 1 milhão poderiam ter sido evitados ou ainda não tiveram o adequado atendimento médico.

Foto: Ilustrativa / Shutterstock/ Divulgação

Segundo a Organização Panamericana de Saúde (OPAS), as principais causas de deficiência visual a nível mundial são os erros de refração não corrigidos - como astigmatismo, miopia e hipermetropia - e catarata.

A refração é quando um feixe de luz atravessa nosso globo ocular formando a visão na retina. Quando os feixes de luz são desviados e chegam sem foco na retina, ocorrem os erros de refração e dificuldade para enxergar.

Dr. Ricardo Ducci - médico oftalmologista. | Foto: Divulgação /André Kaze

O cirurgião oftalmologista especialista em cirurgia refrativa e de catarata, Dr. Ricardo Ducci, explica que existem diferentes tipos de tratamentos para estas alterações. “Doenças como a miopia, astigmatismo, presbiopia e hipermetropia podem ter indicação de uso de óculos, lentes de contatos e a cirurgia refrativa, principalmente para os casos mais graves. O procedimento leva cerca de dez minutos e é capaz de corrigir o grau do paciente, devolvendo a visão, qualidade de vida e autonomia”, afirmou.

Já a catarata é uma opacidade no cristalino - uma lente comum que recobre nossos olhos - que pode levar a diminuição progressiva da visão. É mais comum entre os idosos e a maior causa de cegueira tratável no mundo, correspondendo por cerca de 45% dos 33,6 milhões de casos de perdas de visão, de acordo com um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil a doença corresponde a 49% dos casos de cegueira, segundo o último censo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

Ducci explica que a catarata é tratável com cirurgia, mesmo que o paciente já esteja cego. “O procedimento é indicado a partir do momento em que a condição começa a atrapalhar a visão e gerar problemas de bem-estar e segurança. Alguns exemplos simples são a dificuldade para ler, dirigir ou caminhar pela casa no escuro. As técnicas modernas disponíveis atualmente permitem que a cirurgia seja feita antes de uma evolução mais grave da doença”, alerta.

Nos dois casos cirúrgicos o tempo de recuperação é relativamente curto e o paciente pode retornar às atividades habituais em poucos dias, sendo necessários cuidados básicos como evitar o contato com água do mar ou piscina, não levar a mão aos olhos e fazer o uso adequado dos colírios indicados para o pós-cirúrgico.

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