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Cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com alguma disfunção renal no Brasil

24 de Fevereiro de 2022

Segundo Dr.Carlos Machado, nefrologista e médico de família, especialista em medicina preventista, infelizmente muitas pessoas só descobrem a doença quando os rins estão em estágio terminal e pouco há para fazer em termos de tratamento.

Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia indicam que o número de doentes renais no Brasil dobrou na última década. Estima-se que 10 milhões de brasileiros sofram de alguma disfunção renal. Atualmente, entre 90 mil e 100 mil pessoas passam por diálise no país.

“Os rins funcionam como filtros do organismo e são fundamentais para o equilíbrio interno do corpo. A insuficiência renal pode ser aguda (IRA), quando ocorre súbita e rápida perda da função renal, ou crônica (IRC), quando esta perda é lenta, progressiva e irreversível. E quando os rins começam a parar, vão deixando de realizar todas as suas importantes funções, isto é, a água e resíduos em excesso acumulam-se no sangue, o que chamamos de uremia”, explica Machado.

Dr. Carlos ressalta que o corpo de uma pessoa com problemas nos rins passa por uma série de sintomas e mudanças, entre elas, fadiga, ressecamento na pele, mudança na urina, náuseas, vômitos, perda de apetite, alterações repentinas na pressão arterial, inchaço nas pernas, olhos, pernas e pés, deficiência de vitamina D (causando osteoporose), além de ter poder ter arritmias por aumento do potássio no sangue.

Mas calma! Nem tudo está perdido, segundo o especialista. Existem casos reversíveis, se a doença não virou crônica. A prevenção é de suma importância, com controle da glicemia no sangue, manter o peso adequado, realizar exercícios físicos regularmente alimentação balanceada e hidratação e evitar o tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e não abusar de antiflamatórios.

“A maioria dos problemas renais são, no início, silenciosos, e não se trata apenas de uma doença de idoso não. Podemos tratar a insuficiência renal com medicamentos e controle da dieta, mas nos casos graves, apenas a realização de diálise ou transplante renal. Dessa forma, antes de qualquer tratamento, pedimos a realização de dois exames fundamentais: um de urina (para analisar a proteína albumina) e de sangue ( para checar a presença de  creatinina)”, finaliza Dr. Carlos Machado.

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