Cultura - Educação

Preso fatura medalha de bronze na Olimpíada de Matemática

4 de Fevereiro de 2020

Outros dois concorrentes receberam menções honrosas; Coordenadoria Noroeste inscreveu mais de 4 mil detentos no torneio

Um reeducando que cumpria pena na Penitenciária “Cabo PM Marcelo Pires da Silva” de Itaí faturou medalha de bronze na última edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), realizada em 2019. Mais dois presos, um também da unidade de Itaí e outro do Centro de Ressocialização (CR) de Ourinhos, receberam menções honrosas. A data da premiação, contudo, ainda não foi agendada pela organização do torneio.

Os presídios subordinados à Coordenadoria da Região Noroeste (CRN) inscreveram 4.075 detentos na competição nacional, cujas provas ocorreram em maio e setembro do ano passado.  A CRN, inclusive, tem histórico positivo na Obmep.

Na edição de 2017, um colombiano detido em Itaí faturou a medalha de ouro. Edisson Humberto Barbativa Murillo, que atualmente está em liberdade, foi o primeiro preso na história da Olimpíada a levar o prêmio máximo.

Em 2018, nove reeducandos foram condecorados: dois conseguiram prata e bronze e o restante recebeu menções honrosas.

OPORTUNIDADE

 O detento que conquistou a insígnia de bronze na edição do ano passado (15ª Obmep) teve a oportunidade de retomar os estudos na unidade prisional. Ele concluiu o Ensino Fundamental na Penitenciária de Itaí, no primeiro semestre de 2019.

De nacionalidade francesa, atuava como gerente de marketing antes de ser preso. Atualmente, cumpre o regime aberto em São Paulo, onde declarou ter residência fixa, e estaria cursando o Ensino Médio.

REINSERÇÃO

Com o objetivo de preparar as pessoas privadas de liberdade para o retorno à vida em sociedade, as secretarias de estado da Administração Penitenciária (SAP) e de Educação (SEE) vêm estimulando, cada vez mais, os reeducandos a participarem da Olímpiada de Matemática.  

Realizada pelo Instituto Nacional de Matéria Pura e Aplicada (IMPA), a Obmep é uma realidade no sistema prisional paulista desde 2012, quando passou a ser aplicada nas unidades penais do Estado.

Formação escolar nas unidades prisionais da SAP

Presos que não possuem formação escolar podem concluir os estudos enquanto cumprem pena, por meio de escolas vinculadoras instaladas dentro dos presídios, que oferecem formação dos ensinos Fundamental e Médio. Os reclusos também participam de cursos de línguas, profissionalizantes e do Ensino Superior.

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