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Endometriose: sintomas e tratamentos

29 de Janeiro de 2020

Cerca de 15% das mulheres em fase reprodutiva, mais ou menos entre 15 e 45 anos, sofrem com a endometriose, uma doença bastante incômoda e dolorosa. Em mulheres com problemas de fertilidade esse índice chega a 70%.

A falta de diagnóstico e não ter a orientação de um ginecologista pode gerar bastante sofrimento desnecessário para essas mulheres e até atrapalhar o sonho da maternidade.

O que é endometriose

Endométrio é o tecido mucoso que reveste internamente o útero. Sua função é essencial para que a gravidez siga em frente, pois é no endométrio que ocorre a implantação do embrião, após a fecundação.

A menstruação acontece justamente quando não há fecundação e o endométrio se descama para ser eliminado. Esse processo ocorre sucessivamente em cada ciclo menstrual, até que haja a fecundação e o embrião seja abrigado neste tecido para que possa se desenvolver e se transformar em feto.

A endometriose é uma doença crônica. É consequência de uma irregularidade no sistema reprodutor feminino, que faz com que o endométrio cresça além do normal. Pode extrapolar os limites da cavidade do útero e atingir outros órgãos, como ovários, trompas, bexiga, a região que fica entre a vagina e o reto e a pelve.

Sintomas

Os sintomas da endometriose são bastante críticos e podem ocorrer em praticamente todo ciclo menstrual. A doença pode causar dores na região pélvica durante as relações sexuais e nos períodos pré-menstruais, além de fadiga crônica.

Durante a menstruação, as cólicas podem ser bastante severas e o sangramento se apresentar de forma intensa e irregular.

Podem ocorrer também alterações no funcionamento do intestino e no sistema urinário. Além das dores físicas, a doença pode atrapalhar a fertilidade e impedir a gravidez.

 

Diagnóstico

É necessário procurar um especialista em ginecologia. O diagnóstico da endometriose pode ser complexo. A paciente precisa do médico e também do acesso a equipamentos e profissionais bem habilitados para operá-los.

A Rede D’Or São Luiz possui atendimento altamente especializado e equipamentos de ponta para esse diagnóstico.

Além da investigação do histórico da paciente e dos exames físicos realizados no consultório do ginecologista, são indicados exames laboratoriais e exames de imagem como ultrassonografia transvaginal, ressonância nuclear magnética e a eco-coloposcopia.

Em alguns casos também são necessários ultrassonografia transretal, ecoendoscopia retal e tomografia computadorizada.

Se detectadas anormalidades, o ginecologista pode avaliar a necessidade de fazer uma biópsia da lesão para ter mais precisão no diagnóstico.

Tratamento

Por ser uma doença crônica, a endometriose não tem cura. Mas a partir de um diagnóstico preciso, há algumas opções de tratamento que devolvem a qualidade de vida e a possibilidade de engravidar às mulheres que sofrem com o problema.

O tratamento varia de acordo com os seguintes fatores: idade, gravidade dos sintomas e o desejo de engravidar.

A orientação de um médico especializado é fundamental para definir entre as opções abaixo qual é a melhor para o caso da paciente:

  • Anticoncepcionais ou DIU: a proposta é impedir o agravamento da doença interrompendo o ciclo menstrual e criando um estado do organismo parecido com o da gravidez. Pode-se optar por pílulas orais ou hormônios injetáveis. Há também a possibilidade de usar um DIU com um hormônio que ajuda a evitar o desenvolvimento do endométrio. Essas opções aliviam bastante os sintomas, mas não revertem as alterações no organismo que já ocorreram. Em alguns casos, no entanto, é suficiente para promoção de uma melhor qualidade de vida da paciente.
  • Outros medicamentos: Há remédios que impedem a produção de estrogênio pelos ovários, o que também controla a proliferação do endométrio. Tendem a provocar efeitos colaterais similares aos sintomas do climatério, portanto é um caso que deve ser bem analisado.
  • Cirurgias: Há opções cirúrgicas que removem os focos da doença. São indicadas quando a mulher deseja engravidar, quando os sintomas não são aliviados com medicamentos ou quando a doença se agrava ao ponto de  atrapalhar o bom funcionamento do intestino e dos rins. Já para mulheres que não desejam engravidar, pode-se optar pela cirurgia de remoção dos órgãos reprodutivos.
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