Cultura - Educação

Entrevista exclusiva com Miriam Rezende - Um amor pelo Espaço Brasileiro

13 de Setembro de 2019

Por Tânia Voss

Miriam Rezende deixou a carreira de produtora de televisão para se dedicar integralmente à escrita, e dá os últimos retoques em “NISE, Guardiã da Loucura” seu próximo romance ficcional baseado na vida e obra da médica Nise da Silveira. Hoje, Miriam é Editora-chefe e idealizadora do Jornal e Portal de Notícias Expresso do Cerrado. Considerada a principal pesquisadora sobre o Programa Espacial Brasileiro, trabalho iniciado desde que perdeu um primo no fatídico acidente ocorrido em Alcântara no ano de 2003, que vitimou a nata da ciência do Brasil. Agora, ela se prepara para viajar pelo país, onde realizará palestras para divulgar seu recém-lançado livro no Festival Literário “Fliaraxá”, “Alcântara, a história inspirada na História.”

Miriam Rezende Gonçalves é nascida em Monte Carmelo, no Cerrado Mineiro, e aos 18 anos foi morar no Rio de Janeiro, onde sempre engajada, ministrava aulas de teatro no Projeto Jovem Total, na comunidade Babilônia/Chápeu Mangueira.

É graduada em Comunicação Social e participou do grupo de teatro ‘‘Não se fala com os muros’’, do diretor Abujamrra após ter se formado na Cal (Casa de Artes Laranjeiras). Desde 2003 trabalhando na televisão, atuou na criação e produção de programas como telenovelas, reality shows e variedades. Entre seus trabalhos destacam-se as novelas ‘‘Da cor do pecado’’, Começar de novo’’ e ‘‘Malhação’’; as minisséries ‘‘JK’’ e ‘‘Queridos Amigos’’; as séries ‘‘Casos e Acasos’’, ‘‘A Grande Família’’ e ‘‘Lolo e Tavinho’’; e programas como ‘‘Fantástico’’, ‘‘Criança Esperança’’, ‘‘Show da Virada’’, ‘‘Menina Fantástica’’, ‘‘Festival de Verão de Salvador’’, ‘‘Clipes de Carnaval (SP e RJ)’’, ‘‘Carnaval Globeleza’’, dentre outros. Foi diretora de criação do projeto literário ‘‘Contos Inversos’’, com grande sucesso de público e de crítica no eixo Rio/São Paulo, e do quadro televisivo ‘‘Se meu carro falasse’ para o programa Auto Esporte, também da Rede Globo.

É pós-graduada pela FAAP (Fundação Armando Alvarez Penteado) em Argumento e Roteiro Dramatúrgico para Cinema e Televisão. Passou pela EICTV (Escuela Internacinal de Cine y Televisión) em Cuba, onde fez especialização em dramaturgia com Elíseo Altunaga. É técnica em Mass Media pelo IET/RJ (Instituto de Estudos de Televisão) e cursou workshops ministrados pelo coaching hollywoodiano Robert Mackee e pelo diretor de Teatro de Arte de Moscow, Valentim Tepliakov.

Com exclusividade, mais sobre a vida e os projetos da artista:

CV - Como surgiu a ideia de transformar pesquisa em livro?
 
"A ideia do livro surgiu como tentativa de tirar o projeto da gaveta. Inicialmente era um filme, com um argumento cinematográfico bem estruturado e definido, porém o tema Base de Alcântara ainda era algo muito velado. Transformei em romance, e paralelo a isso, o acordo entre Brasil e Estados Unidos para uso do CLA (Centro de Lançamento de Alcântara) evoluiu em sincronia, ainda no governo Temer com o Ministro da Defesa, Luna e Silva. Ou seja, se tivesse programado, o timming não teria sido tão perfeito."
  
CV- O que "Alcântara representa para você? O resultado foi o esperado?
 
"Alcântara representa uma vida de dedicação e muita persistência. E também significa “vidas sacrificadas”, porque os 21 heróis cientistas morreram em 2003, porque desbravaram o desconhecido acreditando que o Brasil poderia conquistar o espaço. Ao longo desta minha jornada, Alcântara se transformou na minha missão. Tenho absoluta convicção e certeza, que o projeto irá modificar nosso país para melhor e criar muitas oportunidades, geração de renda e empregos."
 
"Sim, o resultado tem sido o esperado, e mais, eu creio que ainda teremos muitas surpresas nesta trajetória, porque essa história tem uma força impressionante"
 
CV- Fale desse amor pelo Espaço brasileiro e quais suas perspectivas futuras. Novidades?
 
"O amor pelo espaço veio ainda criança, sempre gostei de comtemplar a lua e as estrelas. Porém, minha formação é totalmente na área da comunicação - Jornalismo, Artes Cênicas e Especilização em Dramaturgia com Pós-Graduação em Roteiro Cinematográfico pela FAAP - mas a divulgação científica me abraçou e eu tenho me esforçado bastante para corresponder às expectativas."

"Para o futuro, estou realizando em parceria com a Joana Henning e equipe da “Escarlate Conteúdo Audiovisual e Experiências Criativas”, um projeto multi-plataforma. Acredito que foi Hollywood que propagou a Nasa, e pretendemos fazer o mesmo por aqui. Através de filme, streaming, games e palestras, queremos estimular jovens a ingressarem na carreira astronáutica, e consequentemente popularizar o Programa Espacial Brasileiro. E aí sim, o Brasil poderá conquistar o espaço e ingressar nesse universo bilionário.", explicou Miriam Rezende.

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