Colunistas - Rodolfo Bonventti

ETERNA MEMÓRIA - CARLOS MACHADO

17 de Março de 2017

(16/03/1908 – 05/01/1992)

Foto 1 - Carlos Machado produziu para o Cassino da Urca e para o Quitandinha

Foto 2 - Machado montou grandes espetáculos no Rio e em Nova York

Foto 3 - O cartaz de um dos maiores sucessos de Machado no teatro de revista

Foto 4 - O Rei da Noite criou espetáculos para artistas como Grande Otelo

Foto 5 - Carlos Machado com a filha Djenane, atriz também de TV e cinema

Foto 6 - Djenane Machado participou dos últimos espetáculos produzidos pelo pai

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ele dominava as noites cariocas

O gaúcho Carlos Panafiel Machado ficou conhecido na sua juventude como o "Machadinho de Porto Alegre", justamente por sua intensa vida boemia.

Ele foi para o Rio de Janeiro no início da década de 30 com pouco mais de 20 anos e lá fez fortuna ganhando nas roletas dos cassinos cariocas. Virou apenas Carlos Machado e passou a se envolver intensamente na noite carioca.

Carlos Machado vai morar em Paris por alguns anos e lá conhece o que era “moda” em termos de música e espetáculos teatrais. Ao voltar para o Brasil aplica seu dinheiro para criar sua própria orquestra, a Brazilian Serenades, que se apresentou nos mais sofisticados clubes e cassinos do Rio de Janeiro.

No final dos anos 40, Carlos Machado começou a produzir musicais e peças para serem exibidos no Cassino da Urca e no Cassino do Hotel Quitandinha, bem como nas principais boates do Rio de Janeiro.

Foi como produtor e diretor de teatro de revista que Carlos Machado escreveu seu nome na história boemia do Rio de Janeiro e do Brasil. Ele foi o responsável por lançar músicos, cantores e atrizes que se transformaram em grandes nomes do cenário artístico como Linda Batista, Dircinha Batista, Dick Farney, Marlene, Marion e muitos outros.

Na década de 60 ele levou seus espetáculos musicais e de teatro de revista para Nova York e fez um grande sucesso por lá, reforçando assim o título que havia conquistado na mídia de “O Rei da Noite”. Em 1965, recebeu o título de Cidadão Benemérito do Estado da Guanabara.

Carlos Machado produzia e desenvolvia as idéias para os espetáculos, enquanto sua esposa Gisela respondia pelos figurinos. O sucesso das montagens fez com que ser uma vedete descoberta por ele fosse uma glória e sinal de sucesso na carreira para qualquer estrela novata.

O teatro de revista entrou em declínio no final dos anos 60, mas Carlos Machado ainda teve intensa atividade até o final dos anos 70, quando se aposentou de vez.

Pai da atriz e estrela de muitos espetáculos dele na década de 70, Djenane Machado, o “Rei da Noite” foi aos poucos enxergando a televisão como a grande vilã dos seus espetáculos musicais.

Carlos Machado morreu aos 84 anos de idade no Rio de Janeiro, em janeiro de 1992.  

 

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