Colunistas - Rodolfo Bonventti

ETERNA MEMÓRIA - CHIQUINHO BRANDÃO

7 de Fevereiro de 2017

(20/04/1952 – 04/06/1991)

 

A breve carreira de um grande ator

 

Francisco de Paula Brandão nasceu no interior de São Paulo, na cidade de Jaú, em abril de 1952. Mas a carreira artística só seria despertada nele quando se mudou para o Rio de Janeiro, na adolescência.

Aos 25 anos de idade, Chiquinho Brandão começou uma carreira breve, infelizmente, mas que foi capaz de mostrar todo o seu talento, principalmente para o humor. Ele viveu o inesquecível Professor Parapopó do programa infantil “Bambalalão”, um grande sucesso da TV Cultura nos anos 70. Ainda no programa, também manipulava e dublava alguns bonecos como o João Baião, por exemplo.

Chiquinho Brandão também foi um bom músico e tocava muito bem flauta, e dessa forma fez parte do elenco do show “Saudades do Brasil”, com o qual Elis Regina excursionou pelo Brasil. O passo seguinte foi entrar para o Grupo Ornitorrinco de Cacá Rosset e com eles participar de algumas montagens que foram sucesso de público  e de crítica em São Paulo.

Em 1985 estreou no cinema em “A Marvada Carne”, um sucesso de bilheteria, ao lado de Fernanda Torres e Adilson Barros. Em seguida fez “Cidade Oculta” e “Anjos da Noite”, filmes que na década de 80 representaram o novo cinema paulista.

Dois anos depois, a estréia em telenovelas como Bento Brandão em “Helena” da TV Manchete. Em 1988 foi para a TV Globo onde fez as novelas “Bebê a Bordo” e “Top Model” e a minissérie “Riacho Doce”.

Mas foi em 1990 que surgiu a grande oportunidade, ao viver o principal personagem masculino do filme “Beijo 2348/72” de Wálter Rogério, fazendo par romântico com Maitê Proença, e com o qual ganhou prêmios como o melhor ator do ano.

Consagrado como um dos nossos melhores atores do cinema e da TV para viver personagens cômicos e caricatos, Chiquinho Brandão ainda faria a minissérie “O Farol” na TV Manchete e os filmes “Real Desejo” e o infantil “Inspetor Faustão e o Mallandro”.

Em maio de 1991, Chiquinho Brandão acertou com a TV Globo sua participação na minissérie “O Sorriso do Lagarto” para viver o personagem Chico Bagre, que era uma espécie de cronista da aldeia de pescadores da história.

O ator chegou a gravar 20 capítulos da minissérie e retornava das gravações quando sofreu um acidente automobilístico fatal na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. Com sua morte, aos 39 anos de idade, exatamente um dia após a minissérie estrear, Chiquinho Brandão foi substituído na trama por outro personagem, um primo de Chico Bagre, que foi interpretado por Stepan Nercessian.

Foto 1 - Chiquinho Brandão no inicio da carreira

Foto 2 -  O jovem ator em Bambalalão na TV Cultura

Foto 3 - Chiquinho e Gigi Anheli no Bambalalão, sucesso de audiencia na TV Cultura

Foto 4 - O ator participou de filmes importantes da década de 80

Foto 5 -  Com Maitê Proença no cinema em Beijo 2348/72 de 1990

Foto 6 - Chiquinho, Maitê e Fernanda Torres em Beijo 2348/72 no cinema

Foto 7 - O ator  na minissérie "O Sorriso do Lagarto" da TV Globo, o último trabalho
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